
A Norwegian Group se encontra em uma encruzilhada estratégica em relação à sua futura expansão de frota, ao anunciar que decidirá até o outono de 2025 sobre o exercício de 30 opções de compra para aeronaves Boeing 737 MAX, além de uma encomenda já firmada de 50 unidades do modelo. 49114b
A informação foi revelada pelo CEO Geir Karlsen durante a apresentação dos resultados do quarto trimestre da companhia, realizada em 13 de fevereiro.
Karlsen destacou que as opções disponíveis não só ampliam a frota da companhia, mas também são oferecidas a preços ainda mais atraentes que os da compra direta dos 50 aviões. Caso a decisão seja confirmada, as entregas das novas aeronaves deverão ocorrer entre 2028 e 2031, o que sinaliza um planejamento de longo prazo para a operadora.
Atualmente, a Norwegian já recebeu três entregas de aeronaves em 2025, todas de locadoras e não parte da encomenda direta feita à Boeing. O objetivo é elevar a frota para entre 94 e 96 aeronaves até o final de 2025, com a expectativa de receber mais 11 a 13 aviões nos próximos meses.
Karlsen também revelou que os primeiros dezoito 737-8 da nova encomenda já garantiram financiamento, e a companhia vai reter a propriedade de treze das 25 aeronaves que chegam primeiro.
Entretanto, o executivo sinalizou que as entregas da Boeing estão mais lentas do que o planejado, enquanto a Airbus enfrenta problemas relacionados a motores da Pratt & Whitney, afetando aproximadamente 350 aeronaves A320-200neo ao redor do mundo. Essa situação tem o potencial de alongar o tempo dos contratos de locação no mercado.
Atualmente, a frota da Norwegian é composta por seis 737-8 e trinta e nove 737-800, operadas pela unidade Norwegian Air Shuttle. Além disso, a Norwegian Air Sweden opera mais dezoito B737-8 e vinte e cinco B737-800, enquanto a subsidiária Widerøe mantém quarenta e cinco turboprops e três E190.
No que diz respeito a 2025, Karlsen anunciou que a companhia vai priorizar a redução de custos e a otimização das operações entre Norwegian e Widerøe, após um período de crescimento que resultou na contratação de quase 700 novos funcionários no ano anterior. Um novo projeto de lucratividade, que se estenderá até 2026, visa melhorias tanto em receita quanto em custos.
A Norwegian também está desenvolvendo uma nova plataforma de distribuição para melhorar vendas adicionais, interconexões com outras companhias aéreas e expandir estratégias de parcerias.
Com uma perspectiva otimista para 2025, Karlsen mencionou que se espera um aumento nos salários, queda das taxas de juros e redução da inflação na Escandinávia, o que deve elevar a demanda pelos serviços da companhia. As reservas futuras estão sendo vistas como promissoras, com melhorias nas taxas de ocupação e rendimentos.
Por fim, o Norwegian Group, incluindo pela primeira vez a Widerøe, registrou um lucro operacional de NOK 1,87 bilhão (cerca de US$ 168,4 milhões) em 2024, embora tenha caído em relação ao ano anterior, quando o lucro foi de NOK 2,2 bilhões (US$ 198 milhões).
As receitas, no entanto, mostraram um crescimento significativo, saltando para NOK 35,3 bilhões (US$ 3,2 bilhões), em comparação com NOK 25,5 bilhões (US$ 2,3 bilhões) em 2023. A decisão sobre as opções em aberto certamente moldará a trajetória futura da Norwegian em um mercado cada vez mais competitivo e desafiador.