
Um ano após o início de suas operações como companhia aérea estatal, a Mexicana de Aviación já custou aos mexicanos mais de 35 bilhões de pesos mexicanos (US$ 1,7 bilhão), conforme estimativas do Instituto Nacional de Pesquisa Aeronáutica e Legal (Inija).
Segundo o El Norte, o diretor geral do Inija, Pablo Casas Lías, detalhou que esse montante inclui, inicialmente, 816 milhões de pesos pela aquisição do nome e da marca da Mexicana de Aviación. Além disso, foram solicitados 4,2 bilhões de pesos para o início das operações e 20,87 bilhões de pesos foram requisitados ao Ministério da Defesa para a compra de aeronaves Embraer.
No orçamento da despesa federal de 2024, o governo de Andrés Manuel López Obrador alocou 8,34 bilhões de pesos, enquanto para 2025, a istração de Claudia Sheinbaum designou 1,14 bilhão de pesos.
Casas Lías também mencionou uma ivo contingente de 9,9 milhões de dólares no Tribunal de Nova York devido ao processo da SAT Aero Holdings; com a cotação atual, isso equivaleria a cerca de 200 milhões de pesos. “Ou seja, se a ação judicial contra essa empresa for perdida, esses 200 milhões de pesos teriam que ser adicionados aos mais de 35 bilhões que custaram para colocar a companhia aérea em operação“, disse o diretor em entrevista.
Consenso entre analistas é o fato de que o governo continua a realizar “cálculos otimistas” e ainda não possui um plano de negócios que garanta a viabilidade financeira e operacional da companhia aérea estatal.
Em 6 de janeiro, a nova companhia aérea suspendeu oito das 18 rotas que operava a partir do Aeroporto Felipe Ángeles (AIFA), conforme determinado por AMLO. Dentre essas, quatro serão canceladas permanentemente: Acapulco, Nuevo Laredo, Uruapan e Villahermosa. A istração prometeu reativar as quatro rotas restantes: Monterrey, Guadalajara, Puerto Vallarta e Campeche.
Apesar da pressão e das incertezas, em 9 de janeiro, a secretária de Turismo, Josefina Rodriguez, descartou a possibilidade de a companhia aérea encerrar suas operações, afirmando que está apenas em processo de reestruturação, abrindo a possibilidade para novas rotas ou modificações nas já existentes.