A Boeing fez uma análise otimista para o futuro da aviação no Sudeste Asiático, prevendo que o tráfego aéreo na região mais do que triplicará nos próximos 20 anos. De acordo com o 2024 Commercial Market Outlook (CMO) da empresa, a demanda crescente é impulsionada por um crescimento econômico acima da média global e pelo aumento da classe média, resultando em um aumento significativo no número de aeronaves operacionais na região.
Segundo um estudo da Boeing, as companhias aéreas precisarão de 4.720 novas aeronaves até 2043, com os jatos de corredor único representando a impressionante marca de 80% das entregas projetadas. O tráfego de ageiros na região deverá crescer a uma taxa anual de 7,2%, bem acima da média global de 4,7%.
David Schulte, diretor executivo de Marketing Comercial da Boeing para o Nordeste da Ásia, Sudeste Asiático e Oceania, destacou que a economia do Sudeste Asiático deve ter a segunda maior taxa de crescimento entre as regiões globais.
Com o aumento da renda familiar, novos consumidores estão surgindo neste mercado aéreo, alimentando o crescimento dos modelos de negócios de baixo custo e lazer.
Além das aeronaves de corredor único, a expansão da frota na região também incluirá uma quantidade significativa de aviões de fuselagem larga, como o 787 Dreamliner, que corresponderá a uma em cada cinco entregas. A Boeing também prevê que a participação das companhias aéreas do Sudeste Asiático na frota da região da Ásia-Pacífico aumentará de 17% para 25%.
Para atender à crescente demanda por serviços de carga, a região precisará de mais de 120 novos cargueiros e conversões para apoiar cadeias de suprimentos globais cada vez mais diversificadas e o aumento da demanda de e-commerce.
A necessidade de crescimento na força de trabalho é igualmente significativa, já que a região deverá contratar e treinar 234.000 novos pilotos, técnicos de manutenção e tripulação de cabine, mais do que triplicando o número atual de profissionais ativos.
A indústria de aviação comercial do Sudeste Asiático também está concentrada em melhorar sua sustentabilidade. Estima-se que cerca de 1.200 novas aeronaves, mais eficientes em termos de combustível, substituirão jatos mais velhos ao longo dos próximos 20 anos.
Adicionalmente, com o objetivo global de alcançar a neutralidade de carbono até 2050, a região pode fornecer cerca de 12% da demanda global por combustível de aviação sustentável (SAF), conforme avaliação apoiada pela Boeing sobre matérias-primas para SAF.
