
O Sindicato de Comissários de Bordo da American Airlines adverte que os membros do pessoal de cabine poderão enfrentar demissões se recusarem a promover cartões de crédito da companhia aérea durante os voos. A punição severa ocorre em meio a uma luta sindical pela obtenção de permissão do governo para realizar uma greve ou outras ações que possam prejudicar a empresa.
Segundo a Lei Trabalhista Ferroviária (RLA), que se aplica aos comissários, os funcionários são proibidos de realizar qualquer ato que prejudique a empresa Isso inclui postagens em mídias sociais onde afirmem se recusar a participar da promoção de cartões de crédito a bordo.
De acordo com a lei, esse tipo de ação pode ser considerado prejudicial para a empresa e, consequentemente, ível de penalização.
Essa pressão vem como uma surpresa para muitos comissários de bordo, já que a promoção de cartões de crédito nos voos não é uma exigência contratual. Além disso, está sendo sugerido que a recusa em oferecer horas extras também poderia ser interpretada como uma ação prejudicial à empresa, apesar da natureza optativa do trabalho extraordinário.
Esta declaração, embora pareça controversa, pode ser vista como uma estratégia cuidadosa do sindicato para se proteger contra uma possível ação judicial. Ao escrever explicitamente que instruiu os comissários de bordo a não tomar certas ações, se afasta da responsabilidade por aqueles membros que optam por desconsiderar essas orientações.
Porém, a instrução de que efetivamente são obrigados a promover os cartões de crédito, mesmo quando isso não está em seu contrato, pode aumentar as tensões entre o sindicato e seus membros. É possível que os comissários de bordo comecem a promover os cartões de crédito nos voos novamente, mas apenas como resultado de uma obrigação indireta imposta pela ameaça de represálias.
A carta do sindicato aos membros pode ser vista neste link, compartilhado pelo View from the Wing.