Segunda empresa a voar jatos Embraer E2 irá retirá-los da frota ano que vem

Após briga com a Embraer e mudança de justificativa, a Air Astana já definiu uma data para dar fim à sua frota de jatos E2. Segunda operadora global do modelo, ficando apenas atrás da Widerøe, a Air Astana recebeu seu primeiro jato E190-E2 em dezembro de 2018, de uma encomenda total de 5 aeronaves que estavam substituindo os aviões E190-E1 de primeira geração na frota da companhia.

Porém, em 2021, a Air Astana foi a público acusar a Embraer de fabricar jatos inseguros, relatando uma série de alarmes de emergência falsos, que levaram a voos a serem desviados e que teria colocado a operação em risco. A fabricante brasileira sempre negou as acusações.

Na época, a empresa de bandeira do Cazaquistão já dava indícios de que não queria os jatos brasileiros em sua frota e tinha suspendido os voos com a aeronave, sendo que a operação foi retomada meses depois. A confirmação veio ano ado, com alegações de falta de demanda em voos regionais e agora a empresa já tem uma data para retirar o último E190-E2 da sua frota.

Hoje, dos cinco jatos recebidos, um já foi devolvido e apenas um outro está fazendo voos regulares, sendo que os três restantes estão estacionados em condição de armazenamento de longo prazo, já que um novo operador ainda não foi encontrado para os aviões.

Até o final do ano, a empresa divulgou que irá devolver ao lessor (Azorra Aviation) mais um avião, fechando o ano com três aviões Embraer em sua frota. Já em 2025, o trio de jatos E190-E2 remanescente será aposentado e a empresa terá apenas aviões Airbus A320neo, A321ceo/neo/LR, além dos Boeings 767 de longo curso que começarão a ser substituídos pelos 787-9 Dreamliner.