Entre os dias 29 e 30 de abril, a Polícia Federal (PF), com o apoio da Guarda Civil Municipal de Guarulhos, deflagrou a Operação No Fly, que visa a reprimir o tráfico de drogas com a prisão de ageiros que ingerem cápsulas e transportam em seu estômago para o exterior.
A ação conta com o uso de escâner corporal para detecção da droga no estômago dos ageiros, que são encaminhados à Polícia Federal para a lavratura dos procedimentos criminais e após ao hospital para expelir de forma segura o entorpecente engolido.
Essa operação policial visa estancar o aumento do tráfico nessa modalidade, que já tem 53 prisões em flagrante realizadas em 2024, em comparação com 44 prisões em 2023, sete prisões em 2022 e uma prisão em 2021, além de identificar todos os traficantes envolvidos no esquema criminoso, mantendo o aeroporto um local seguro para os usuários.
Volta do Scanner Corporal
Após o registro de um aumento significativo nas detenções de indivíduos transportando cocaína no estômago nos últimos anos, o aeroporto implementou novamente, em abril, um dispositivo de escaneamento corporal projetado para identificar cápsulas ingeridas. Esses indivíduos, conhecidos como “mulas” do tráfico, são recrutados por organizações criminosas para transportar drogas em seu sistema digestivo, principalmente em voos com destino à Europa.
O sistema tem a capacidade de detectar se um ageiro selecionado para inspeção ingeriu substâncias ilícitas ainda nas dependências do terminal. Anteriormente, a confirmação só era possível por meio de exames de imagem realizados em hospitais. Embora o equipamento tenha sido adquirido pela concessionária GRU Airport, sua operação fica a cargo da Polícia Federal.
Conforme relatado, após a reativação do dispositivo e o treinamento dos agentes de segurança, durante um teste realizado na noite de 24 de abril, uma ageira que embarcaria em um voo com destino a Paris, França, foi detida por tráfico internacional de drogas. A mulher havia ingerido cápsulas de cocaína e foi flagrada pela Polícia Federal durante o procedimento de inspeção.
Com informações da Polícia Federal
Leia mais:
