
Em meio às sanções impostas por boa parte do mundo após a invasão da Ucrânia, a Rússia se vira com o que tem em casa. Em anúncio nesta semana, o país disse que pode estabelecer um novo centro de fabricação em Kazan, capital da República do Tartaristão, para evitar a escassez de peças de reposição.
De acordo a agência de notícias Interfax, Andrei Yelchaninov, membro do Conselho da Comissão Militar-Industrial da Rússia, a nova instalação, prevista para 2023, produzirá peças para vários tipos de aeronaves, mas se concentrará principalmente no fornecimento de peças de reposição para aviões nacionais.
Das aeronaves, incluem o Tupolev Tu-214, jato bimotor de médio alcance de fuselagem estreita, e o Ilyushin Il-76, um avião de transporte aéreo estratégico de quatro motores turbofan, projetado em 1967 durante a União Soviética.
“Estão em andamento esforços para criar um centro único em Kazan para fabricar peças para vários tipos de aeronaves, principalmente o Tu-214 e Il-76. Supõe-se que a instalação seja equipada principalmente com maquinário fabricado na Rússia. Esperamos lançar a instalação já em 2023”, disse.
Planos para abrir um novo centro nacional para produzir peças de reposição de aeronaves já haviam sido discutidos com o vice-primeiro-ministro da Rússia, Yury Borisov, e o presidente do país, Vladimir Putin
O impacto das sanções internacionais levantou muitas questões sobre como a Rússia pode manter seus aviões no ar. A Boeing e a Airbus suspenderam o e para aeronaves operadas por companhias aéreas russas, incluindo a interrupção do fornecimento de novas peças, manutenção e serviços de e técnico.
Isso levou a Rússia a considerar reviver programas de aeronaves domésticas, como Ilyushin Il-96 da era soviética. A Rússia também está considerando aumentar seu foco no Sukhoi Superjet 100.
Conforme anunciado pelo AEROIN hoje (6), a United Aircraft Corporation (UAC), que congrega as grandes indústrias russas de aviação, iniciou a produção de 20 aeronaves de fuselagem estreita Tu-214, que substituirão jatos Boeing e Airbus no longo prazo.
Leia mais: