Por suposta taxa extra de 15 euros cobrada de cadeirantes, empresa aérea tem reações negativas

A companhia aérea KM Malta enfrenta reações negativas pela cobrança de uma suposta taxa de €15 para ageiros com necessidades especiais de cadeira de rodas. Segundo a Comissão para os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), o requerimento da companhia para que esses ageiros preencham um formulário médico ao reservarem seus voos é considerado “discriminatório”.

Conforme relatou o jornal maltês Times of Malta, a KM Malta Airlines exige que pessoas com mobilidade reduzida, usuários de cadeira de rodas, e indivíduos com necessidades médicas preencham o Formulário de Informações Médicas (MEDIF) antes de seus voos para serem aprovados pela companhia.

Essa mesma exigência se aplica a ageiros que necessitam de suprimento de oxigênio a bordo, gestantes com mais de 36 semanas de gravidez e pessoas com graves condições médicas.

Algumas pessoas com mobilidade reduzida e suas famílias já manifestaram descontentamento com a medida, apesar de a companhia ter iniciado suas operações apenas em 31 de março de 2024, em substituição à também estatal, e falida, Air Malta. A CDPD informou que tem recebido “numerosas queixas” de pessoas com deficiência que desejam viajar pela KM Malta Airlines.

Em uma reunião com os representantes da KM Malta Airlines, foi informado ao CDPD que as políticas sempre estiveram em vigor com a Air Malta, antecessora da atual companhia. Contudo, uma representante da entidade alega que isso não era verdade.

A regulamentação da UE assegura que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida têm direito a receber assistência gratuita nos aeroportos e aeronaves. À luz das recentes críticas, a KM Malta Airlines ainda não se pronunciou formalmente.