
Em um relatório divulgado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, é destacado que a Força Aérea da China, integrante do Exército de Libertação Popular (PLAAF), está se aproximando rapidamente dos padrões americanos em áreas-chave, especialmente na modernização e produção de sistemas aéreos não tripulados (UAS).
O progresso da China nessa vertente tem sido significativo, com avanços notáveis em capacidades militares desenhadas para combater e vencer guerras contra inimigos poderosos, além de aumentar sua influência global.
Nos últimos anos, a China lançou e operacionalizou várias plataformas de UAS sofisticadas, como o jato de alta altitude Guizhou WZ-7 e a plataforma de reconhecimento e ataque supersônico AVIC WZ-8 (foto abaixo).
A atualização do GJ-11, um veículo aéreo de combate não tripulado furtivo, também foi evidenciada, destacando o constante aprimoramento das capacidades chinesas em combate aéreo não tripulado.

No Zhuhai Air Show de 2024, a China mostrou novas aeronaves não tripuladas, incluindo o jato Nine Sky, usado para reconhecimento e ataque, e a plataforma Jetank, conhecida por sua capacidade de carregar e lançar enxames de pequenos drones.
A exibição crescente dessas tecnologias e sistemas autônomos em eventos aéreos evidencia o foco da China em expandir o uso de UAS além das funções tradicionais, como reconhecimento, para áreas mais complexas, incluindo combate ar-ar e ar-terra.
Apesar desses avanços, o relatório do Pentágono também aponta desafios enfrentados por Pequim. Questões como logística de longo alcance, guerra urbana e desafios internos como corrupção foram identificados como obstáculos significativos.

Nos últimos anos, mais de 15 altos funcionários militares chineses foram removidos dos seus cargos, vinculados a escândalos de corrupção, destacando problemas estruturais que podem dificultar os objetivos militares da China.
O relatório sublinha que a China está empenhada em modernizar suas forças armadas até 2035, com um objetivo intermediário para 2027 de desenvolver capacidades que possam desafiar as forças militares dos EUA na região Indo-Pacífico.
Este marco de 2027 está associado a uma meta secundária de persuadir Taiwan a negociação conforme os termos de Pequim.
Com uma força aérea e naval consideráveis, a China continua a expandir sua presença no Pacífico Ocidental, representando a terceira maior força aérea do mundo. A introdução de navios, como o porta-aviões CNS Fujian e o navio de assalto Tipo 076, em breve ampliará sua capacidade de projeção de poder além do primeiro arco de ilhas, incluindo Taiwan, Japão e Filipinas.
O relatório ressalta a importância de monitorar o progresso do poder militar chinês, equilibrando a preocupação com os desafios internos que podem impactar as aspirações globais de Pequim.
