Um Boeing 737-800 que decolou para realizar um voo de ageiros precisou retornar à origem em emergência com problemas técnicos, após os dois motores ingerirem cinzas vulcânicas.
O incidente ocorreu na última segunda-feira, dia 11 de outubro, com a aeronave da companhia Ryanair registrada sob a matrícula EI-ENP. O jato estava realizando o voo FR-8179 partindo da Ilha de Tenerife, a maior ilha do arquipélago das Canárias, pertencente à Espanha e que enfrenta a erupção do vulcão Cumbre Vieja.
De acordo com dados do The Aviation Herald, a aeronave decolou da pista 07 do Aeroporto de Tenerife Sul, e durante a fase inicial de subida, a 6.000 pés de altitude (cerca de 1,8 km), os pilotos realizaram uma curva à direita para desviar de uma nuvem de cinzas vulcânicas.
Já sobrevoando sobre a Ilha de Gran Canaria, a aeronave curvou à esquerda e retornou para seu rumo ao norte, continuando sua subida normalmente. Entretanto, ao alcançar 22.000 pés de altitude (cerca de 6,7 km), os pilotos interromperam a subida e declararam emergência ao Controle de Tráfego Aéreo, alegando problemas nos dois motores.
Durante o retorno, o Boeing 737 entrou em um padrão de espera a 1.200 pés de altitude (cerca de 360 metros) ao sul da Ilha de Fuerteventura. A aeronave realizou cinco órbitas até prosseguir para pouso no aeroporto de origem, após duas horas de voo.
Dados obtidos através da plataforma de rastreio RadarBox mostram a trajetória da aeronave desde a decolagem, ando pelo desvio à direita, pela trajetória ao norte, o retorno, as órbitas de espera e por fim a volta ao aeroporto.
De acordo com relato dos ageiros, muitos serviços de emergência aguardavam a aeronave em solo no momento do pouso, após os dois motores do Boeing 737 ingeriram cinzas do vulcão ativo na Ilha de La Palma.
Todos os ageiros foram realocados em um Boeing 737-800 substituto registrado sobre a matrícula EI-EGD que realizou o voo FR81 até Bruxelas. Já a aeronave envolvida no incidente permaneceu em solo até a tarde desta quarta-feira e então efetuou um voo para Londres sem novas intercorrências.
Leia mais:
