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Piloto usa comando não recomendado e avião se inclina abruptamente; Airbus emite alerta

A Airbus ressaltou para os pilotos que os pedais do leme não devem ser usados para contrabalançar rolamentos induzidos por turbulência ou por vórtices. Além disso, a fabricante enfatizou a necessidade de documentar e relatar prontamente qualquer evento de alta carga que ocorra durante os voos.

O alerta se segue um incidente envolvendo um Airbus A320 que, durante uma subida de 30.000 pés a 36.000 pés, sofreu um rolamento inesperado de 52° para a direita.

O piloto tentou controlar a situação usando tanto o sidestick quanto os pedais do leme. Essa combinação de comandos levou a aeronave a inclinar-se para a esquerda, seguida de uma difícil correção que resultou em um rolamento severo para a direita. Esse ciclo de inclinações continuou até que o A320 conseguiu se estabilizar, durante o qual um alerta de “parar o acionamento do leme” foi acionado quatro vezes.

Embora a tripulação tenha relatado um encontro com turbulência ao pessoal de manutenção, não mencionou o alerta de leme, conforme mencionado na publicação interna da Airbus, Safety First. O avião não contava com uma unidade de interface de dados de voo que pudesse acionar um alerta de carga lateral.

De acordo com a Airbus, o evento não foi reportado imediatamente pela tripulação e permaneceu indetectado até uma análise de dados rotineira quase um ano depois, quando parâmetros de voo incomuns foram identificados.

A análise revelou que o A320 foi submetido a uma aceleração lateral máxima de 0,41g, considerada um “evento de nível vermelho” segundo as diretrizes de manutenção, mas a aeronave foi inspecionada apenas em função da turbulência relatada.

A Airbus também destacou que seus aviões são equipados com dois tipos de sistemas de leme: um sistema mecânico em aeronaves mais antigas e um leme elétrico nos modelos mais recentes, como o A321XLR, A220, A330neo e A350.

A fabricante alertou que entradas forçadas e alternadas do leme podem causar danos estruturais, mesmo nas aeronaves com sistema elétrico, cujas leis de controle de voo podem auxiliar na redução das tensões.

Os pilotos devem utilizar os pedais do leme de forma restrita durante a decolagem e o pouso, no controle de ventos cruzados e para corrigir guinadas devido a falhas no motor, até que o leme esteja ajustado.

O uso de entradas de leme em outras fases de voo ou em situações de turbulência pode resultar em desvios desnecessários na trajetória e cargas excessivas na estrutura do leme.

A Airbus reiterou que a tripulação deve fornecer informações detalhadas à equipe de manutenção se encontrarem um evento de alta carga, seja por turbulência ou manobras excessivas, especialmente se isso resultar em um alerta de “parar a entrada do leme”.

Essas informações são fundamentais para que a manutenção possa avaliar adequadamente as cargas laterais e realizar as inspeções necessárias, potencialmente evitando problemas estruturais mais graves.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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