
O Tribunal Superior de Mumbai pediu ao Diretório Geral de Aviação Civil da Índia (DGCA) que investigue as preocupações levantadas por um piloto sobre o suprimento de oxigênio de emergência em determinados modelos de Boeing 777-200LR operados pela Air India.
Como relatou o CH-Aviation, o pedido judicial surge após um piloto reclamar que esses aviões não possuem suprimentos adequados de oxigênio de emergência durante as operações em rotas de longa distância entre a Índia e os Estados Unidos.
Durante a audiência, o piloto que fez a solicitação relatou que se recusou a operar um voo Boeing 777-200LR de Bengaluru para San Francisco em janeiro de 2024, até que uma “rota segura” fosse estabelecida. Em decorrência de sua recusa, o piloto foi afastado de suas funções e, posteriormente, demitido.
A prática da Air India de operar certos Boeing 777-200LR alugados em rotas para a América do Norte tem sido alvo de críticas constantes por parte de pilotos, que afirmam que o oxigênio disponível a bordo duraria apenas cerca de 12 minutos.
Em casos de despressurização, os pilotos ressaltam a necessidade de descer para aproximadamente 10.000 pés, o que pode não ser viável dentro desse curto período, especialmente ao voar sobre terrenos montanhosos.
No início de 2024, o DGCA multou a Air India em 1,1 milhão de rúpias (aproximadamente 12.850 dólares) por operar as aeronaves fora dos limites regulamentares ou de desempenho estabelecidos pelo fabricante, e ordenou que a companhia cessasse a prática.
Os advogados da Air India e do DGCA asseguraram que a companhia está em conformidade com as normas de segurança aplicáveis. A CH-Aviation também solicitou comentários da Air India e do DGCA sobre o assunto.