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Conforme temos acompanhado nas últimas semanas, a aviação geral brasileira tem sofrido com o problema da gasolina aeronáutica degradando borrachas de vedação e prejudicando peças de motores, levando a corrosões e vazamentos. Análises de amostras mostraram contaminações com compostos que não deveriam existir nos níveis encontrados.
Agora, novas informações indicam que a Petrobrás já sabia de uma diferença na qualidade da gasolina de aviação importada, antes mesmo de comercializá-la e bem antes de dar problemas nos aviões. O fato foi revelado pelo Jornal da Band, que obteve o exclusivo a documentos de análise do lote importado do Golfo do México.
Segundo estes documentos, a gasolina foi testada nos primeiros dias de junho e a densidade medida foi de 692 kg/m3, sendo que o mínimo para a gasolina de aviação padrão, a AVGAS 100LL de 100 octanas e baixo chumbo, é de 700 kg/m3.
A densidade é umas das referências para analisar se houve adulteração ou mudança na composição do combustível, mas por si só não causaria problemas de vazamento e corrosão, como os que foram detectados em diversas aeronaves brasileiras.
Segundo a AOPA, Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves do Brasil, a Petrobrás informou que seus técnicos já conseguiram encontrar correlação direta entre a densidade da gasolina e o teor de componentes aromáticos. Ou seja, para efeito de testagem mais simples e inicial, mesmo não sendo um teste definitivo ou parâmetro normativo, pode-se dizer que a densidade do AVGAS varia, entre outros fatores, também de acordo com o percentual de presença de componentes aromáticos.
Todo o combustível do lote afetado e que não foi vendido já foi recolhido pelas distribuidoras, sendo devolvido para a Petrobrás em Cubatão – SP. Por sua vez, a venda dos lotes não afetados já foi liberada e será normalizada nos próximos dias.
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