
A Ethiopian Airlines, maior companhia aérea africana, foi alvo de uma publicação acusatória da organização de direitos animais PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) de transportar centenas de macacos ameaçados de extinção para os Estados Unidos com fins de experimentação animal. A PETA também sugere que a transportadora mantém vínculos com um suposto esquema de tráfico internacional ilegal de macacos.
Segundo a PETA, a Ethiopian Airlines levou, “aparentemente”, 250 macacos-de-cauda-longa da Etiópia para os Estados Unidos. Os primatas ameaçados foram, então, conduzidos para laboratórios de testes em animais.
A Ethiopian Airlines já informou à PETA que, de acordo com a política da empresa, não realiza o transporte de macacos. No entanto, a PETA contesta essa alegação e acusa que os macacos são “empacotados em pequenas caixas de madeira para transporte e forçados a permanecer em suas próprias fezes, urina e sangue durante viagens de longas horas”.
🚨 @flyethiopian ships monkeys to the U.S. to be tormented in labs.
— PETA (@peta) July 6, 2024
Almost every airline refuses to ship monkeys for use in experiments — Ethiopian Airlines NEEDS to be next! Take action if you agree! https://t.co/iXAQ93NKrK pic.twitter.com/SFzv7cb418
A PETA também diz que, em 2023, a Ethiopian Airlines foi citada duas vezes pelo Departamento de Agricultura dos EUA por suas operações de transporte de macacos. Em janeiro daquele ano, a companhia aérea foi acusada de levar 584 macacos aos Estados Unidos sem os certificados de saúde.
Em julho de 2023, a PETA relatou que a Ethiopian Airlines foi citada por não fornecer orientações adequadas de alimentação e hidratação à equipe de solo do aeroporto. Durante o processo de transporte, a PETA alega que 336 macacos foram descarregados de um avião na Geórgia e deixados sob calor de 29 graus por mais de uma hora e meia.
Muitos dos macacos vêm de Maurício, embora os laboratórios de testes em animais estejam encontrando dificuldades crescentes para encontrar companhias aéreas dispostas a transportar tais animais.
Em 2022, a Kenya Airways disse que não transportaria mais macacos-de-cauda-longa do país do Oceano Índico, após um carregamento desses animais ter se envolvido em um acidente de trânsito na Pensilvânia.
No ano ado, a PETA criticou a companhia aérea escandinava SAS por seu suposto envolvimento no transporte de cães para experimentação animal dos Estados Unidos para laboratórios na Europa.
Várias companhias aéreas, incluindo British Airways, Aer Lingus, Qantas, EVA Air e Cathay Pacific, além de empresas de carga como FedEx Express e Cargolux, já recusam o transporte de animais para testes em laboratórios.