
Pesquisadores russos estão analisando diferentes conceitos para uma potencial aeronave de longo curso com 220 a 250 assentos que poderia apresentar uma fuselagem oval e uma interface de asa integrada. O exame faz parte de uma iniciativa, denominada Integral-MS, que analisa configurações de design para uma futura aeronave que aumentaria o espaço da cabine e reduziria o consumo de combustível.
O Instituto Central de Aerohidrodinâmica de Moscou diz que a aeronave precisaria ter um alcance de 4.300 a 4.900 milhas náuticas (8.000 a 9.000km). Está estudando três opções potenciais. A primeira, identificada como MS-1, é uma configuração convencional com uma seção transversal circular da fuselagem. Mas as outras, MS-2 e MS-3, teriam uma fuselagem oval, enquanto a MS-3 teria uma interface mais integrada entre as estruturas de asa e fuselagem.
“Esta solução [MS-3] aumentará a qualidade aerodinâmica e as propriedades de carga a baixas velocidades, o que permitirá reduzir o comprimento de pista necessário“, diz o instituto. “O uso de uma fuselagem oval reduzirá o consumo de combustível e aumentará o espaço para os ageiros, aumentando assim o conforto do voo”. Acrescenta que o design ofereceria maior capacidade de carga em seu convés inferior.
O instituto argumenta que tais configurações alternativas “não foram suficientemente estudadas” e precisam de uma análise detalhada. Tem examinado os três diferentes designs usando um modelo combinado, em um túnel de vento de baixa velocidade, analisando o comportamento do ângulo de ataque e do escorregamento a cerca de 100kt.
“Como resultado dos experimentos, as características aerodinâmicas de todas as três configurações foram obtidas“, diz o instituto. “Isso inclui determinar a eficácia dos elevadores e do leme, bem como a influência da cauda e das naceles do motor”. Seu trabalho demonstrou que a configuração MS-3 não mostra “diferenças fundamentais em aerodinâmica” em relação ao design convencional em baixa velocidade, mas tem propriedades de carga “mais favoráveis”. O instituto ará a testar o desempenho em voo de cruzeiro, usando um túnel de vento transônico.