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Maduro mobiliza quatro aviões, incluindo dois raros A340-200, para levar sua comitiva à Rússia s3o20

Airbus A340
Imagem: Anna Zvereva via Flickr

A comitiva venezuelana que irá participar das comemorações do Dia da Vitória na Rússia chamou a atenção pela quantidade de aeronaves utilizadas. 1s5a3b

Celebrado em 9 de maio na Rússia — e em 8 de maio no Ocidente —, o Dia da Vitória marca a derrota da Alemanha Nazista na Europa e é comemorado pelos países aliados. Curiosamente, a Venezuela não teve participação no conflito, sendo um país neutro, ao contrário do Brasil, que foi um dos principais aliados na campanha contra o Eixo na Itália.

Ainda assim, o presidente e ditador venezuelano, Nicolás Maduro, participará do evento, e uma verdadeira “esquadrilha” partiu na manhã desta terça-feira, 6 de maio, do Aeroporto Internacional de Caracas rumo à Rússia.

As aeronaves decolaram em sequência, quase em voo de formação, compostas por dois jatos Airbus A340-200 da estatal Conviasa — de matrículas YV1004 e YV3554, comumente utilizados pela cúpula do governo venezuelano —, além de um Airbus ACJ319 (A319ceo VIP), de matrícula YV2984, no qual Maduro está voando de fato. Esse modelo é o mesmo utilizado pela Presidência da República do Brasil. Também integrou a frota um jato executivo Bombardier Global 6000, de registro T7-102X.

O perfil “Arrecho”, no Twitter, conhecido por rastrear aeronaves governamentais da Venezuela, informou que os aviões decolaram de Caracas, fizeram uma escala de reabastecimento em Dacar, no Senegal, e, neste momento, estão a caminho do Aeroporto Internacional de Istambul, na Turquia — última parada antes de chegarem à Rússia.

O trajeto é mais longo porque a maioria das aeronaves venezuelanas não tem autorização para sobrevoar o espaço aéreo europeu. Isso não é um problema, por exemplo, para a Força Aérea Brasileira (FAB), que utilizou a rota mais curta possível para voar sem escalas de Brasília a Moscou, com o A330-200 como aeronave precursora da comitiva inicial. Esse avião já deixou a capital russa e retornou ao Brasil, de onde partirá novamente nesta semana levando o presidente Lula e o restante de sua comitiva.

Chama a atenção o fato de que a comitiva da Venezuela utilizou mais aeronaves do que a do Brasil — país maior, mais rico e que, de fato, tem algo a celebrar na data.