Maduro fecha o espaço aéreo e impede pouso em Caracas de voo com observadores das eleições

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, informou nesta sexta-feira, 26 de julho, que um voo da Copa Airlines foi impedido de decolar para Caracas, na Venezuela, devido a restrições impostas pelo governo de Nicolás Maduro. A aeronave levava a bordo um grupo de ex-presidentes latino-americanos que iriam atuar como observadores nas próximas eleições no país vizinho.

Estavam entre os ageiros os ex-presidentes Mireya Moscoso, do Panamá; Miguel A. Rodríguez, da Costa Rica; Jorge Quiroga, da Bolívia; e Vicente Fox, do México. A ex-vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, também estava presente, além de Daniel Zovatto, ex-diretor da organização IDEAS.

Mulino afirmou que a razão para a proibição do embarque foi o bloqueio do espaço aéreo venezuelano, um ato que impede não apenas o voo com os ex-presidentes, mas também outras operações, como um voo da mesma companhia aéreas com destino a Panamá. Diante da situação, os ex-mandatários decidiram desembarcar, buscando transmitir uma mensagem de solidariedade aos demais ageiros.

Como informa a mídia panamenha, em resposta a essa situação, o ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martínez-Acha, anunciou que convocou a representante da missão diplomática da Venezuela em seu país.

Este episódio acentua a tensão política na região e destaca as dificuldades enfrentadas por líderes internacionais que tentam acompanhar contextos políticos delicados, como o da Venezuela. A medida do governo Maduro é vista por muitos como uma tentativa de silenciar vozes críticas e limitar a observância internacional sobre o processo eleitoral no país.