
A Lufthansa está pressionando a União Europeia para suspender o acordo de aviação com o Catar, na esteira do escândalo de corrupção conhecido como “Qatargate”. Este acordo, firmado em 2021, permite que companhias aéreas ofereçam voos ilimitados entre a UE e o Catar.
Os executivos sêniores do grupo Lufthansa, Karl-Ludwig Kley e Christine Behle, manifestaram suas preocupações em uma carta direcionada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
“Diante das graves alegações de corrupção, o acordo de aviação UE-Catar deve ser suspenso imediatamente”, firmam. O escândalo “Qatargate” envolve supostas tentativas de suborno a eurodeputados por parte do Catar e outros países, que teriam buscado influência no Parlamento Europeu por meio de dinheiro e favores.
A carta foi enviada após a Qatar Airways, rival direta da empresa alemã, ter expandido suas operações oferecendo voos diretos entre Hamburgo e Doha. Esta nova rota facilita que ageiros alemães viagem por Doha para destinos no Oriente Médio e na Ásia, sem necessidade de transitar por Munique ou Frankfurt, que são hubs importantes para o grupo Lufthansa.
Além da Lufthansa, a companhia-mãe inclui as subsidiárias Eurowings, Austrian Airlines, SWISS e Brussels Airlines. A preocupação da Lufthansa é que a expansão das operações da Qatar Airways possa impactar negativamente suas operações na região, oferecendo opções alternativas que podem contornar seus principais centros de conexões.
Até o momento, um porta-voz do Catar não comentou a carta enviada à agência de notícias Bloomberg.
Vale destacar que a Qatar Airways é de propriedade estatal, pertencendo ao governo do Catar. A situação ressalta as complexas interações políticas e comerciais que podem surgir em decorrência de alegações de corrupção em nível internacional, influenciando relações comerciais e acordos estabelecidos.
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