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KAI avança no desenvolvimento do caça FA-50 monoposto, com licitação para simulador de manobrabilidade

Imagem: ROKAF, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

A Korea Aerospace Industries (KAI) deu mais um o concreto no desenvolvimento da variante monoposto do FA-50 ao lançar uma licitação para a fabricação de uma cabine destinada a um simulador de avaliação de manobrabilidade do novo modelo. O aviso confirma que o programa segue avançando dentro do cronograma e com recursos orçamentários devidamente alocados.

Segundo reporta o Aviacionline, parceiro do AEROIN, os documentos da licitação preveem um prazo de 22 meses para o desenvolvimento da cabine, com início em maio de 2025 e conclusão em fevereiro de 2027, abrangendo as etapas de projeto, fabricação e integração ao simulador. O edital é voltado a empresas que atendam a exigências financeiras e legais rigorosas, e poderá adotar um processo de licitação caso menos de dois concorrentes qualificados apresentem propostas.

Essa iniciativa faz parte do plano de investimento anunciado pela KAI em março de 2024, que prevê um aporte de 35,6 bilhões de wons (cerca de US$ 26,5 milhões) para o desenvolvimento da versão monoposto do FA-50, informalmente conhecida como F-50.

Segundo o CEO da empresa, Kang Goo-young, o objetivo é fortalecer a presença da KAI no mercado global de caças leves e ampliar seu portfólio com uma versão otimizada para missões de combate, com maior autonomia e desempenho superior à variante biplace atualmente em operação.

Desde o início, a KAI já vislumbrava que o projeto evoluiria para um caça leve, multifuncional e monoposto — o F-50. Isso não surpreende, considerando a participação da Lockheed Martin no desenvolvimento do T-50. Com apoio dos Estados Unidos, o treinador avançado foi concebido com base nos conceitos de design e tecnologia do F-16, que a KAI fabrica localmente sob licença como KF-16. Dessa forma, o T-50 (e, posteriormente, o FA-50) sempre carregou em seu DNA o potencial de se transformar no F-50: um caça leve, capaz de cumprir até 80% das missões de um F-16, porém com um custo significativamente inferior.

Até o momento, a KAI exportou 138 unidades do FA-50, todas na configuração de dois assentos. No entanto, diversos operadores manifestaram interesse em uma versão monoposto voltada exclusivamente para o combate, o que impulsionou esta nova etapa do programa.

Com o FA-50 monoposto, a KAI pretende conquistar mais de 50% do mercado global de caças leves — o que representa uma estimativa de produção de até 450 unidades. A nova licitação reforça que esse objetivo vai além de uma simples declaração de intenções, integrando uma estratégia industrial robusta e em plena execução.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.

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