
O jato asiático do século XXI, o C919 da fabricante chinesa COMAC, irá demorar mais tempo para ser certificado na Europa, apesar dos grandes esforços da China. 4g5m3u
A informação foi reada por Florian Guillermet, diretor-executivo da EASA, a Agência Europeia de Segurança da Aviação. Em entrevista exclusiva à revista L’Usine Nouvelle, o executivo disse que o processo de certificação do C919, que transporta em média 170 ageiros e concorre diretamente com o A320neo da Airbus e com o 737 MAX da Boeing, tem avançado de maneira significativa.
“Nosso trabalho com a COMAC começou há cerca de quatro anos, com dois anos realmente produtivos“, destacou Guillermet, que também ressaltou: “Ainda precisamos realizar testes de validação no design da aeronave e de certos componentes, o que é padrão, e devemos certificar o C919 dentro de três a seis anos.“
Até o momento, o C919 não possui nenhum pedido fora do Sudeste Asiático, mesmo sendo um jato com tecnologia de última geração e que utiliza motores LEAP, da franco-americana CFM.
No ado, a EASA certificou o jato russo Sukhoi Superjet, que chegou a operar por um período em uma companhia aérea europeia, como mostramos aqui em um relato de voo exclusivo. Porém, a falta de e por parte da fabricante russa acabou levando à retirada dos jatos de operação apenas alguns anos após o início dos voos no continente europeu. Desde então nenhum outro avião comercial que não seja de origem americana, brasileira, canadense ou europeia foi certificado pela EASA.