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Helicópteros militares não mantêm ADS-B ligado ao sobrevoar Washington, mas regra irá mudar

Foto: U.S. Army/Master Sgt. Will Reinier

Após o acidente aéreo sobre o Rio Potomac, na capital Washington D.C., uma mudança nas regras do espaço aéreo será implementada pelos EUA. O acidente, que vitimou 67 pessoas quando um helicóptero Sikorsky UH-60 Black Hawk colidiu com um Bombardier CRJ-700 da American Eagle, revelou preliminarmente que a aeronave militar estava com o modo ADS-B do transponder desligado.

Neste modo, as informações são transmitidas não apenas para os radares secundários (ivos), mas também para antenas de recepção, permitindo o envio de mais dados e possibilitando uma troca de informações entre aeronaves, além daquela prevista no TCAS (Sistema de Prevenção de Colisão Aérea).

Por padrão, a maioria das aeronaves militares no mundo não utiliza essa função, mas, nos EUA, ela é obrigatória para todas as aeronaves desde 2020, incluindo as de estado. No entanto, as regulamentações de segurança do Pentágono permitem que o modo ADS-B seja desligado para voos entre “áreas sensíveis” dentro da capital Washington e outras instalações militares.

Um oficial do Exército Americano confirmou esse procedimento a uma comissão do Senado dos EUA e afirmou que, na maioria dos casos, as aeronaves voam sem o modo ADS-B ligado, mesmo em voos de treinamento, já que o objetivo é simular as condições mais próximas da realidade.

Agora, o Diretor Interino da FAA, Chris Rocheleau, anunciou que irá mudar a regra e obrigar que todas as aeronaves, independentemente da sua natureza ou destino, mantenham o ADS-B ligado.

O desligamento era considerado necessário por questões de sigilo das operações, visando a segurança do pessoal de alto escalão do governo que utiliza helicópteros militares na capital Washington. Vale ressaltar que o desligamento do ADS-B não desativa nem modifica de nenhuma maneira as funcionalidades do TCAS.

O anúncio da mudança foi comemorado pela ALPA, a maior associação de pilotos de linha aérea do mundo, que afirmou que “apoia completamente esta exigência e parabeniza a FAA por tomar atitudes para melhorar a segurança do espaço aéreo nacional. Todo usuário do espaço aéreo deve utilizar todas as tecnologias de segurança disponíveis para garantir um céu seguro para todos“.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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