
O governo dos Estados Unidos tomou uma medida significativa ao impor sanções econômicas a Ramon Celestino Velasquez Araguayan, presidente da Conviasa, a companhia aérea estatal da Venezuela. Fazendo parte de um esforço mais amplo contra autoridades que, segundo Washington, apoiam o governo ilegítimo do ditador Nicolás Maduro, a ação foi anunciada pelo Departamento do Tesouro dos EUA no dia 10 de janeiro.
Além de seu papel na Conviasa, Velasquez também ocupa o cargo de ministro de transporte desde maio de 2023 e é um dos oito funcionários venezuelanos sancionados nesta nova onda de restrições.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, classificou esses indivíduos como “pessoas alinhadas a Maduro”, que contribuem para a “afirmação ilegítima de autoridade e atos repressivos na Venezuela”.
As sanções proíbem os cidadãos americanos de realizar negócios com esses oficiais ou de se envolver em transações que envolvam suas propriedades. Esta ação também abrange outros sete líderes venezuelanos, incluindo o chefe da estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), um ministro da política interna e altos oficiais das forças policiais e militares do país.
O anúncio das sanções coincidiu com a cerimônia de posse de Maduro para um novo mandato de seis anos, um ato que muitos consideram ilegítimo. Enquanto Maduro alegou ter vencido as eleições de julho, líderes da oposição e diversas nações ocidentais, incluindo os Estados Unidos, afirmam que ele realmente perdeu a disputa.
Blinken declarou enfaticamente que “Nicolás Maduro realizou uma posse presidencial ilegítima em uma tentativa desesperada de assumir o poder”, reafirmando que “ele claramente perdeu a eleição presidencial de 2024 e não tem direito de reivindicar a presidência”.
Essas sanções não são novidades para a Conviasa. Desde 2020, a companhia já estava sob sanções diretas do governo dos EUA, quando o ex-secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, destacou que Maduro dependia da Conviasa para transportar oficiais corruptos ao redor do mundo e sustentar seus esforços antidemocráticos.
Com a ampliação das sanções, os EUA buscam pressionar o regime de Maduro, esperando que essa estratégia permita um caminho para a restauração da democracia na Venezuela, um país que vive uma crise política e social sem precedentes.