
O governo brasileiro manifestou sua disponibilidade para facilitar um acordo entre a TAP e a Azul sobre um empréstimo de 200 milhões de euros, mas ressalta que sua atuação será sem ingerência direta, conforme reafirmado pelo ministro dos Portos e Aeroportos do Brasil, Sílvio Costa Filho, em visita oficial a Portugal.
De acordo com o ECO, durante um encontro com Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas de Portugal, Costa Filho enfatizou que o acordo é crucial para ambas as companhias, mas que qualquer resolução deve decorrer naturalmente, sem interferência governamental.
Os ministros discutiram a questão de forma institucional e expressaram o desejo mútuo de alcançar um entendimento entre as aéreas, respeitando o andamento natural do processo judicial em curso.
Sobre a possível privatização da TAP, prevista para 2025, Costa Filho destacou que o Brasil acompanhará o processo de perto, aguardando detalhes da oferta no mercado internacional para avaliar o interesse das companhias aéreas brasileiras. Durante o encontro, ficou claro que qualquer companhia aérea global pode participar do processo de privatização, e a decisão será da competência do governo português.
Adicionalmente, o ministro brasileiro destacou o compromisso do seu governo em melhorar a prestação de serviços da TAP no Brasil, visando preservar e potencialmente expandir as rotas para o país após a privatização. Isso reflete a importância estratégica da TAP para a conectividade aérea entre o Brasil e Portugal.
Outra pauta significativa discutida foi o desenvolvimento do porto de Sines em Portugal, que o Brasil espera transformar em um centro logístico estratégico para a Europa. Sílvio Costa Filho revelou planos para um acordo comercial que facilitaria a exportação de produtos brasileiros através de Sines, consolidando-o como um hub internacional.
Durante a visita, o ministro brasileiro compartilhou dados sobre o robusto programa de investimentos do Brasil em infraestrutura portuária, aeroportuária e hidroviária, destacando oportunidades de investimento para empresas portuguesas e europeias. Este é considerado o maior programa de investimentos em portos na história do Brasil, com um impacto significativo esperado nos próximos anos.