Um colaborador da TAP foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) durante uma operação que desmantelou um esquema de comercialização de componentes aeronáuticos usados como se fossem novos, mediante falsificação de certificados de autenticidade. 5dr6x
Além dele, outras duas pessoas foram presas, todas ligadas ao proprietário da empresa britânica responsável pelas vendas fraudulentas, que já havia sido detido pelas autoridades do Reino Unido.
As primeiras suspeitas surgiram em 2023, quando técnicos da manutenção da TAP notaram sinais de desgaste em peças que deveriam ser novas. A direção da companhia aérea proibiu imediatamente o uso de componentes provenientes desse fornecedor e iniciou a substituição das peças já instaladas.
A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA) e outras entidades foram notificadas para garantir a segurança das operações aéreas, uma vez que a empresa suspeita fornecia peças para diversas companhias aéreas na Europa.
Em dezembro de 2023, o responsável pela empresa AOG Technics foi preso pelas autoridades britânicas. Em Portugal, a investigação buscava identificar os facilitadores da aquisição das peças usadas e o fluxo dos documentos de certificação falsificados.
Na última semana, foram cumpridos dez mandados de busca em regiões como Lisboa, Margem Sul, Alentejo, Algarve e interior do país. Os mandados, emitidos pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal, resultaram na detenção de três suspeitos.
A PJ destacou que, antes mesmo de formalizar a denúncia, a TAP comunicou a detecção dos componentes suspeitos às autoridades nacionais e internacionais competentes em segurança da aviação, contribuindo para a mitigação de riscos e uma rápida intervenção das autoridades de segurança aeroportuária a nível internacional.
