
Famílias de vítimas da queda de um Boeing 737 MAX 8 na Etiópia, quase cinco anos atrás, reagiram na semana ada à demissão do executivo que estava à frente do programa de jatos de ageiros 737 MAX.
Segundo informações, a demissão de Ed Clark, veterano da empresa, é imediata, depois do problemático caso em que um da fuselagem se desprendeu de uma aeronave da Alaska Airlines em pleno voo.
Robert A. Clifford, fundador e sócio do escritório de advocacia Clifford Law Offices em Chicago e principal conselheiro na ação civil colocada no tribunal federal distrital envolvendo a queda do voo ET-302, que matou todas as 157 pessoas a bordo, divulgou a seguinte declaração em nome das famílias:
“Para uma corporação que declara ter como objetivo reacender uma cultura de segurança em toda a empresa, em vez de lucros, esses movimentos na Boeing erram totalmente o alvo. Substituir um engenheiro de longa data por outro orientado para os negócios fala muito sobre o verdadeiro foco de como a empresa continuará a istrar a fabricação de aviões comerciais”.
“E demitir um homem que assumiu as operações após os dois desastres do Boeing MAX 8 soa como um bode expiatório tão comum em uma operação orientada para os negócios. Uma verdadeira mudança cultural na Boeing só ocorrerá quando o conselho reconhecer que precisa fazer grandes mudanças na alta cúpula executiva e limpar a casa daqueles que supervisionaram o quase declínio de mais de uma década em uma cultura que uma vez foi dominada por uma filosofia que valorizava a segurança da engenharia. Em vez disso, agora é dominada por uma motivação de lucro no balanço e retorno do investidor.”
Foi divulgado que Clark deve ser substituído por Katie Ringgold, atual vice-presidente de operações de entrega do 737.