
Uma investigação revelou que a fratura do cabo do aileron de um Boeing 737-800 da empresa holandesa Corendon foi causada por insuficiente lubrificação. O incidente ocorreu em 8 de julho de 2022 e foi analisado pelo Conselho de Segurança Holandês, que estabeleceu que o intervalo de inspeção para o cabo na época do incidente era de 4.000 ciclos ou 24 meses.
Esse cabo havia sido inspecionado 20 meses antes do evento, mas a investigação não conseguiu verificar se a manutenção e lubrificação do cabo foram realizadas de forma consistente. O Conselho de Segurança mencionou que determinar o grau de desgaste durante as inspeções é “difícil” devido ao tamanho e à ibilidade do cabo.
Embora a causa específica da fratura não tenha sido plenamente estabelecida, as autoridades não conseguiram determinar se a lubrificação inadequada ou o intervalo de inspeção teve uma influência maior no incidente. No entanto, destacaram que o intervalo de inspeção foi ampliado no ano ado para 6.600 ciclos ou 36 meses.
O voo, operado pelo jato de registro PH-CDF, que partiu de Heraklion, em Creta, com destino a Amsterdam, enfrentou problemas logo após a decolagem, quando a tripulação percebeu que o avião estava rolando para a esquerda. Os pilotos utilizaram entradas de leme e aileron para contornar o rolamento e decidiram desviar para Atenas. Nenhum dos 179 ageiros e seis membros da tripulação ficou ferido.
Uma inspeção subsequente da aeronave revelou que o cabo do aileron esquerdo havia se rompido. A investigação também avaliou uma quebra de cabo semelhante em outro 737-800 ocorrida em 2019, mas afirmou que apenas três eventos desse tipo foram reportados à Boeing desde 1997.
“Nos últimos trinta anos, centenas de milhões de voos foram realizados sem incidentes de segurança, utilizando cabos de aileron do Boeing 737”, enfatiza o Conselho. Portanto, a entidade não considera necessário emitir uma recomendação de segurança neste caso.