Paul Veneto, um comissário de bordo aposentado que trabalhou na United Airlines de 1997 a 2013, está realizando um ato de homenagem empurrando um carrinho de bebidas de avião por mais de 200 milhas (aproximadamente 322 km), de Boston a Nova York, nos Estados Unidos. Esse tributo é dedicado aos colegas de profissão que perderam a vida durante os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Veneto iniciou sua jornada em Boston no dia 18 de agosto, com o objetivo de chegar ao Marco Zero, em Nova York, no dia 11 de setembro, data que marca o 23º aniversário dos atentados.
A caminhada de Veneto não é apenas um tributo simbólico, mas também uma forma de lembrar os 25 comissários de bordo que morreram naquele dia trágico. Desde 2021, ele realiza essa homenagem anual através da fundação que criou, chamada Paulies Push.
A cada ano, a caminhada de Veneto é dedicada a um dos voos que foram sequestrados durante os ataques de 11 de setembro. Em 2021, conforme abordou o AEROIN, ele fez sua primeira homenagem, empurrando o carrinho do Aeroporto Logan, em Boston, até o Marco Zero, em homenagem ao voo UA-175, o segundo avião sequestrado a colidir com o World Trade Center.
Em 2022, o ex-comissário de bordo dedicou sua caminhada ao voo AA-77, que foi deliberadamente jogado contra o Pentágono. Para isso, ele empurrou o carrinho de bebidas por 30 milhas (aproximadamente 48 km), saindo do Aeroporto Internacional de Dulles até o Pentágono.
A homenagem mais longa de Veneto aconteceu em 2023, quando ele caminhou cerca de 300 milhas (aproximadamente 483 km) do Aeroporto de Newark até Shanksville, na Pensilvânia, em tributo ao voo UA-93, o último jato sequestrado que caiu em um campo aberto na área rural da Pensilvânia.
Neste ano de 2024, segundo o Travel + Leisure, Veneto realiza sua última caminhada em homenagem ao voo AA-11, o primeiro avião sequestrado a atingir a Torre Norte do World Trade Center. Durante os anos, Veneto recebeu muito apoio, inclusive de colegas de profissão que se uniram a ele em determinados trechos da caminhada.
Para Veneto, o propósito vai além da caminhada física. “Na enormidade de tudo o que aconteceu em 11 de setembro de 2001, senti que meus colegas precisavam de mais reconhecimento. Queria que suas famílias entendessem: eles morreram como heróis”.
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