
Uma ex-comissária de bordo que viajava como ageira em um voo da Delta Air Lines de Paris a Seattle, em dezembro ado, afirma ter sofrido queimaduras graves após um membro da tripulação lhe servir café “excessivamente quente”. Ela colocou o copo em uma mesa inclinada, que deslizou e derramou o café em seu colo.
Uma ação judicial, apresentada na semana ada contra a companhia aérea com sede em Atlanta em um tribunal distrital de Seattle, alega que os comissários de bordo da aeronave Airbus A330 inicialmente ignoraram as preocupações da vítima e falharam em buscar aconselhamento médico.
Cheryl Myers, do estado de Washington, diz ter sofrido queimaduras “horríveis” devido à negligência do comissário de bordo no voo DL-81 da Delta em 15 de dezembro de 2023, resultando em “graves” ferimentos corporais, conforme noticiou o Paddle Your Own Kanoo, baseado nos autos do processo.
Como ex-comissária de outra companhia aérea, Cheryl conhece alguns recursos disponíveis para a tripulação em emergências médicas, como solicitar a ajuda de um médico ou enfermeiro fora de serviço, ou contatar um serviço médico de emergência terrestre via satélite para obter aconselhamento especializado.
No entanto, Cheryl relata que, após o café “fervendo” cair em seu colo, os comissários de bordo que ela alertou foram “desdenhosos e demonstraram falta de preocupação“. Alarmantemente, um dos comissários de bordo lhe entregou um saco de gelo para tratar de forma inadequada sua queimadura.
Cheryl foi orientada a trocar de roupa e foi apenas quando mostrou a gravidade das queimaduras a um comissário de bordo enquanto trocava de roupa no banheiro que a tripulação ofereceu mais assistência. Ela recebeu analgésicos e um curativo, embora a bandagem não fosse apropriada para queimaduras, acabando por colar em suas feridas.
Cheryl afirma que estava com tanta dor que pediu aos comissários de bordo para verificarem se havia algum médico a bordo que pudesse ajudar. Até onde ela sabe, a tripulação não fez nenhum esforço para solicitar assistência. Além disso, a equipe não tentou contatar um prestador de serviços médicos remoto que poderia ter dado orientações especializadas.
O comandante, por sua vez, foi avisado e pediu para que paramédicos a recebessem na chegada a Seattle. Os paramédicos e médicos ficaram surpresos com a gravidade das queimaduras de Cheryl, afirmando que eram as piores que já tinham visto causadas por café quente.
Cheryl está processando a Delta Air Lines com base no Artigo 17 da Convenção de Montreal, que responsabiliza as companhias aéreas por lesões sofridas por ageiros durante voos internacionais. O valor máximo de compensação que pode ser concedido é limitado a uma quantia variável de cerca de US$ 170.000.
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