
O presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, assinou em 6 de junho de 2025 um decreto presidencial que revoga as restrições históricas ao voo supersônico sobre áreas continentais e estabelece um cronograma ambicioso para modernizar as normas da istração Federal de Aviação Civil dos EUA (FAA). A medida marca o início de um programa nacional para retomar a liderança americana em aviação de alta velocidade, hoje limitada por regras vigentes há mais de cinco décadas. 3s1d1d
Revogação de normas ultraadas
Em até 180 dias, a FAA deverá editar regras para derrubar a proibição ao voo supersônico sobre terra prevista no 14 CFR 91.817, além de eliminar barreiras adicionais dos regulamentos 91.819 e 91.821. O órgão também criará um padrão provisório de certificação baseado em ruído (14 CFR 91.818), alinhado às exigências de segurança, sustentabilidade e compatibilidade com áreas habitadas.
Novo padrão de ruído e prazos de consulta
Dentro de 18 meses, a FAA publicará uma proposta regulatória (NPRM) para estabelecer limites de ruído em decolagem, pouso e operação em cruzeiro supersônico (14 CFR Parte 36). O texto levará em conta dados de testes, pesquisas de desenvolvimento (RDT&E) e aceitação comunitária. A versão final dessa norma deverá ser aprovada em até 24 meses após a do decreto.
Fomento à pesquisa e desenvolvimento
O Escritório de Política Científica e Tecnológica (OSTP) coordenará, junto ao Departamento de Defesa, de Comércio, de Transportes e à NASA, pesquisas e testes em instalações federais, identificando necessidades de P&D (RDT&E) para integrar aviões supersônicos ao Sistema Nacional de Espaço Aéreo. Os resultados serão compartilhados com a FAA para embasar novas regulamentações e padrões ambientais.
Engajamento internacional
O Secretário de Transportes, por meio da FAA e em parceria com o OSTP e o Departamento de Estado, buscará harmonizar regras de voo supersônico na Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) e firmar acordos bilaterais de segurança com autoridades estrangeiras, garantindo operação global segura de aeronaves supersônicas.
Impacto imediato na indústria aeroespacial
Supersonic is back, baby!
— Blake Scholl 🛫 (@bscholl) June 6, 2025
On January 28th, Geppetto broke the sound barrier aboard the first privately-developed supersonic jet.
And today…@realDonaldTrump broke the sound barrier…permanently!
In 1973, a ban was placed on supersonic flight over the US. It was supposed to… pic.twitter.com/OcVqWhIKAv
Ao atualizar normas de vôo supersônico e promover pesquisa coordenada, o governo Trump pretende estimular investimentos privados em novas gerações de jatos de ageiros e cargueiros supersônicos. A iniciativa reforça o compromisso dos EUA com a competitividade global e a autonomia tecnológica no setor de aviões de alta velocidade.
Com o decreto, os Estados Unidos abrem caminho para que projetos como o X-59 QueSST da NASA e iniciativas comerciais de companhias como Boom Supersonic possam avançar sem as limitações atuais, prometendo um futuro de viagens aéreas mais rápidas, silenciosas e eficientes. A medida também permite que civis americanos que sejam proprietários de caças supersônicos realizem voos acima da velocidade do som.
O CEO da Boom, Blake Scholl, que fez o principal lobby para a mudança da legislação, comentou em seu Twitter que “um banimento feito em 1973 pretendia proteger o público da explosão sonora do boom supersônico, mas na realidade baniu a inovação, e como resultado o progresso foi parado por um século, mas hoje celebramos que voos supersônicos sem ruído serão permitidos!“.
A comemoração de Blake está relacionado ao fato de que as aeronaves da sua companhia são capazes de fazer o chamado “Corte de Mach”, que permitie que voos supersônicos não tenham o estrondo ouvido em solo: