A Etihad Airways, uma das companhias aéreas dos Emirados Árabes Unidos, anda indecisa quanto ao futuro em relação a cerca de 50 aeronaves do modelo Airbus A320neo e do recém-lançado Boeing 777X, encomendados anteriormente pela empresa, disse seu presidente-executivo nessa última quarta-feira, 17 de novembro, de acordo com informações da Reuters.
A companhia a por um processo de reestruturação por causa de seu mau desempenho na última década, na tentativa de ser uma entre as três maiores companhias do golfo. A empresa conta com uma nova gestão, liderada por Tony Douglas.
Questionado pela imprensa sobre o Airbus A320neo e o Boeing 777X encomendados pela última istração, o novo presidente Tony disse que a Etihad estava focada na época em outro plano, de crescimento sustentável, que uma decisão final ainda não havia sido tomada por aquela istração e que as incertezas sobre as datas de entregas das aeronaves e sobre quando a indústria se recuperaria da pandemia aumentaram a complexidade de se tomar uma decisão sobre os planos futuros da frota.
“Os fabricantes não podem confirmar quando serão entregues e você tem um mercado que não se sabe quando vai se recuperar”, disse Tony Douglas.
De acordo com as fabricantes, a companhia encomendou 26 unidades do A320neo e 25 de 777X. As encomendas da linha 777 da Boeing têm sofrido atrasos, enquanto os problemas da cadeia de suprimentos por conta da paralisação da pandemia atingem as duas fabricantes.
O presidente-executivo da Etihad afirma que a companhia continuará a receber entregas de jatos Airbus A350-1000 e Boeing 787 Dreamliner, que, segundo ele, se tornariam a espinha dorsal da frota, que será reduzida para 65 aeronaves.
Também foi confirmado que a frota existente de 30 Airbus A320 provavelmente será reduzida à metade, conforme as operações forem reduzidas com foco em rotas lucrativas.
A empresa também planeja descontinuar seus 5 jatos 777-300ER da frota de ageiros e já retirou de operação seus 10 grandes Airbus A380, como já informado pelo AEROIN.
Atualmente, a Etihad possui 93 aeronaves em sua frota.
“Quando o mercado voltar à sustentabilidade, veremos como aumentaremos a escala. Nunca vamos voltar à loucura”, disse Douglas.
