Quem vai para a Europa e precisa se deslocar entre cidades mais distantes entre si tem diversas boas opções. Mas às vezes a viagem de avião fica imbatível.
Nesse voo, fui de Nápoles para Veneza a um preço mais barato e (muito) mais rápido que o trem, aproveitando uma oferta da EasyJet, uma das empresas que revolucionaram a aviação europeia com seu conceito de baixo custo e baixa tarifa.
Comprei a agem online ainda aqui do Brasil. O processo é simples e funciona como a maioria das low-costs mundo afora, ou seja, tudo o que você quiser além de embarcar, precisa pagar. Pela mala extra, pelo assento pré-marcado, pelo equipamento esportivo, pelo embarque mais rápido, entre vários outros et ceteras. Mas, mesmo assim, a agem aérea foi a opção mais econômica. Acredite, tudo saiu por 60 Euros!
Vale ressaltar que esse tipo de empresa tem ofertas o ano todo e que, dependendo da demanda, você acha voos com descontos incríveis. Isso acontece por que, se para uma empresa aérea normal é prejuízo voar sem ageiros, imagine para uma low-cost. Por outro lado, se sua mala está um centímetro maior do que o padrão da empresa, prepare-se para desembolsar vários Euros.
O check-in foi feito pela internet um dia antes do embarque e apresentado no balcão do aeroporto de Nápoles. Sem muita conversa, a agente de aeroporto despachou nossas bagagens e nos encaminhou para a sala de embarque do pequeno, mas moderno, aeroporto napolitano.
Chegamos no embarque já próximos do horário de ingressar na aeronave, um Airbus A320. Mesmo a aeronave estando parada de fronte ao ‘finger’, tivemos que descer as escadas e caminhar por alguns metros no pátio do aeroporto e embarcarmos pela posição remota.
Me ajeitei no assento da janela, que havia reservado por 6 Euros. Para quem não quer reservar assento, mas quer embarcar antes e pegar um que seja mais cômodo, existe um ‘e-rápido’ que é adquirido no momento da compra da agem ou no check-in e lhe permite embarcar antes dos demais ageiros.
O espaço das pernas é padrão e OK para meus 1,74m. A decoração interna é bonita, o padrão de cores da empresa lembra muito uma empresa brasileira. Os assentos são notavelmente novos.
Logo que você embarca é convidado a folhear o menu a bordo, que é elegantemente denominado “Boutique & Bistro”. As imagens (veja nas fotos abaixo) dão água na boca e muita gente não resiste. Os sanduíches custam EUR 5,50 e o cafezinho por EUR 3. Que tal um inesquecível “couscous” francês por EUR 3,50? As compras podem ser feitas em efetivo ou por cartão de crédito.
A revista de bordo “Traveller” é igualmente bem produzida e traz sempre na capa uma manchete bem pensada para atrair o leitor. Nessa viagem, a revista me convidou a conhecer os ‘mais ultrajantes trajes de esquis do inverno 2015″, ou então a reportagem interna pedindo para que “haja espaço para um pouco de loucura em minha vida”. Ou seja, diversão garantida.
Ainda folheando a revista me deparei com a impressionante malha aérea da EasyJet na Europa, cobrindo seguramente toda sua porção ocidental e com múltiplos destinos em cada país. Ao todo a empresa voa incríveis 776 rotas.
Já em voo, céu claro e boas fotos. Estava ansioso pela aproximação para o aeroporto internacional Marco Polo e havia escolhido o assento da janela do lado direito por que já havia estudado a rota e queria ver Veneza lá do alto.
Mas o destino não quis assim. Uma densa camada de nuvens literalmente abraçou toda a região,. Visibilidade praticamente zero, a ponto de ver a pista somente quando o avião já estava para tocar o solo. Nas fotos que fiz e que coloquei logo abaixo você terá uma ideia. Decolamos de Nápoles com um friozinho até que gostoso para pousar em Veneza em seus 8 graus.
Depois do choque térmico, hora de pegar a bagagem e curtir uma das cidades mais fascinantes do planeta.
* Carlos Roman é editor do site Aeroin e assina essa matéria.