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Em rara situação, caças dos EUA e Canadá interceptam Bombardeiros russos e chineses no Alasca

Uma rara operação conjunta de interceptação ocorreu na costa do Alasca, onde caças dos Estados Unidos e do Canadá interceptaram aeronaves militares russas e chinesas. No dia 24 de julho, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) despachou aeronaves de combate em resposta a um voo com quatro bombardeiros, incluindo dois Tupolev Tu-95 da Rússia e dois Xian H-6 da China.

Ambos os tipos de aeronave são bombardeiros estratégicos de longo alcance, com origens na Guerra Fria; o H-6 é baseado no Tupolev Tu-16. Embora o NORAD não tenha especificado a variante do H-6, a versão H-6N é conhecida por ser capaz de transportar armamentos nucleares.

As aeronaves adversárias penetraram na zona de defesa aérea do Alasca (ADIZ), mas o NORAD destacou que os quatro bombardeiros não entraram no espaço aéreo soberano dos EUA ou do Canadá.

“Atividades russas e da República Popular da China na ADIZ do Alasca não são vistas como uma ameaça, e o NORAD continuará a monitorar a atividade concorrente perto da América do Norte, respondendo à presença com mais presença”, declarou o comando baseado no Colorado.

A ADIZ é uma porção do espaço aéreo internacional que começa onde termina o território soberano, mas que ainda é monitorada e patrulhada pelas forças militares nacionais de cada país. A entrada em uma ADIZ na América do Norte requer a identificação imediata de qualquer aeronave operando na área, segundo informações do NORAD.

No entanto, essa prática tem pouca regulação ou supervisão por autoridades internacionais de aviação, com os limites e regras da ADIZ geralmente declarados unilateralmente pelos governos nacionais. Por exemplo, a China declarou uma zona de defesa aérea sobre o Mar da China Oriental em 2013, enquanto a vizinha Taiwan mantém uma ADIZ que se sobrepõe a essa área.

A senadora Lisa Murkowski, que representa o Alasca no Congresso dos EUA, informou que recebeu um briefing sobre o incidente do NORAD. Em uma postagem no dia 25 de julho na rede social X, Murkowski classificou o voo conjunto de aeronaves chinesas e russas como uma “provocação sem precedentes por parte de nossos adversários”, enfatizando que foi a primeira vez que aeronaves militares dos dois países foram interceptadas operando juntas.

A China costuma interceptar aeronaves militares americanas e canadenses que operam sobre o Mar da China Meridional, área que Pequim considera seu território soberano. Essa afirmação não é corroborada por organismos internacionais, e as reivindicações da China são contestadas por vizinhos da região, incluindo as Filipinas.

Este incidente ressalta as crescentes tensões geopolíticas e a importância da vigilância e monitoramento das atividades aéreas na região do Pacífico, à medida que as potências mundiais continuam a se envolver em manobras militares e de defesa.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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