Nem mesmo a pandemia da doença Covid-19, causada pelo Coronavírus foi capaz de parar os voos de deportados dos Estados Unidos para diversos países da América do Sul e Central. Após um voo na quinta-feira para a Guatemala, ontem (20), foi a vez de Minas Gerais receber mais um deles.

Diferente dos sete voos anteriores, esse seguiu um roteiro diferente, uma vez que o Boeing 737-800 da Swift Air decolou de Phoenix e fez parada em San Juan (Porto Rico), ao invés da tradicional escala em Guayaquil (Equador), isso porque as fronteiras do país sul-americano estão totalmente fechadas para voos do exterior. Além disso, Porto Rico é um território não-incorporado dos Estados Unidos, facilitando os trâmites numa condição especial como essa pela qual o mundo a nesse momento.
O voo SWQ3535 foi operado pela aeronave de matrícula N277EA, que já pertenceu à Eastern e que mantém as cores dessa empresa, embora não haja nada escrito nele, além de um pequeno adesivo informando que está operando para a Swift Air. Segundo dados do FlightAware, o voo aterrissou em Confins no final do dia de ontem e o avião retornou na manhã deste sábado.

Algemados
Foi reportado nos últimos voos que os brasileiros que tentaram entrar de maneira ilegal nos EUA e foram pegos pelo CBP/ICE estavam algemados durante a volta para o Brasil.
Este seria um procedimento padrão dos EUA para voos de extraditados / deportados, onde algemas de plástico (conhecidas também como lacre) são colocadas de maneira a limitar a movimentação das mãos da pessoa.
O serviço de bordo no voo seria bem básico, apenas uma refeição completa estilo brunch. A jornada toda dura em torno de 12 horas partindo de Phoenix com uma escala e não é tão confortável: o último jato era um ex-GOL e foi reconfigurado para a capacidade máxima do 737-800 que é de 189 ageiros e sem entretenimento a bordo.