
A ultra low-cost americana Spirit Airlines anunciou mudanças drásticas que está fazendo após a falha tentativa de compra pela concorrente JetBlue Airways. Bloqueada pelo governo americano, a fusão deixou as duas empresas em situação frágil, principalmente na Spirit, que está demitindo e rebaixando pilotos.
Durante a apresentação de resultados para o segundo trimestre de 2024, a Spirit listou o que está fazendo para reduzir custos ao máximo e se manter no lucro operacional:
• Suspensão temporária do recrutamento de pilotos e comissários de bordo;
• Oferecimento de licenças não remuneradas voluntárias para comissários de bordo;
• Adequação de despesas gerais e posições operacionais não relacionadas à tripulação;
• Redução de gastos de capital discricionários;
• Demissão de 240 copilotos e rebaixamento de aproximadamente 100 comandantes para a posição de copilotos;
• Comparado ao terceiro trimestre de 2023, no terceiro trimestre de 2024 a empresa terá saído de 42 mercados e adicionado 77 novos, focando em rotas rentáveis;
• Oferecimento de mais rotas por dia da semana, o que permite a expansão das rotas com menor risco;
• Gestão agressiva da capacidade para melhor corresponder às variações sazonais e diárias da demanda;
• Alinhamento da capacidade aos mercados onde as tendências de oferta/demanda estão mais equilibradas;
Além de outras iniciativas de melhoria de liquidez, a empresa adiou todas as aeronaves encomendadas da Airbus que estavam programadas para serem entregues no segundo trimestre de 2025 até o final de 2026 para 2030-2031.
Desta maneira, é esperado que a empresa tenha apenas 4 novas aeronaves até 2025, para cobrir a aposentadoria dos jatos A319ceo. Porém, nenhum jato está previsto para ser recebido até o final de 2026, fechando dois anos seguidos com o mesmo número de aviões na frota: 219 jatos Airbus A320ceo/neo e A321ceo/neo.