
O ministro de Portos e Aeroportos (MPor), Silvio Costa Filho, apresentou nesta terça-feira (8), durante audiência pública no Senado, o plano de trabalho da sua pasta para os próximos dois anos. Foram discutidos investimentos na aviação, modernização dos portos e avanços na infraestrutura hidroviária do país.
A audiência foi promovida de forma conjunta pela Comissão de Infraestrutura (CI) e pela Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR), após ser solicitada pelos senadores Confúcio Moura (MDB-RO), Professora Dorinha Seabra (União-TO) e Augusta Brito (PT-CE), por meio dos requerimentos REQ 2/2025 – CI e REQ 6/2025 – CDR.
Silvio Costa Filho destacou o crescimento do setor aéreo. Ele informou que o número de ageiros aumentou de 97,7 milhões em 2022 para 112,7 milhões em 2023, e que a projeção para 2025 é de 123,8 milhões.
O ministro também ressaltou que houve uma redução de 8% nos preços das agens nos últimos dois anos, em contraste com a inflação global do setor.
“Esses números chamam a atenção e devem ser comemorados. Enquanto a inflação global no setor atingiu 15% desde a pandemia, aqui no Brasil registramos uma queda expressiva nos preços das agens“, afirmou.
Quanto aos investimentos, o governo prevê aportes de R$ 1,7 bilhão em aeroportos no período que começou em 2023 e vai até 2026, enquanto o setor privado deve investir R$ 14,1 bilhões no mesmo intervalo.
Entre as principais obras estão a modernização do Aeroporto de Congonhas (SP), com investimento de R$ 2,5 bilhões, e a ampliação do Aeroporto de Belém (PA), antecipada para a COP 30, no valor de R$ 470 milhões.
Sugestões, críticas e desafios
Presidente da Comissão de Infraestrutura, o senador Marcos Rogério (PL-RO) defendeu uma abordagem intermodal para o desenvolvimento da infraestrutura nacional.
“Não existe porto ou hidrovia forte sem uma rodovia, ou ferrovia estruturada. Precisamos de uma política integrada“, enfatizou.
Já o vice-presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional, senador Jorge Seif (PL-SC), celebrou os investimentos anunciados, mas criticou a falta de concorrência no setor aéreo.
“O Brasil está nas mãos de um oligopólio: Azul, Latam e Gol dominam o mercado e fazem o que querem. Precisamos de mais companhias para reduzir os custos e aumentar a oferta de voos“, pontuou.
Informações da Agência Senado
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