
No último dia 26 de março de 2023, o Boeing 737 BBJ, que serve ao presidente da Bielorrússia, de matrícula EW-001PA, foi observado nas plataformas de rastreamento fazendo um voo um tanto estranho rumo ao Irã. A operação ocorreu poucos dias depois da aeronave ser sancionada pelos EUA e alguns cogitaram que ela seria reada aos iranianos. No entanto, nada ainda foi confirmado.
O jato decolou às 15h11, horário de Minsk, usando o número de voo N-2703. Este indicativo é usado pela companhia aérea iraniana Caspian Airlines. Ao chegar ao Cazaquistão, a aeronave alterou o código hexadecimal do transponder e ou a ser identificada com a matrícula “HZ-ARA”, pertencente a um Boeing 787 da companhia Saudia, da Arábia Saudita.
Very interesting find by @Hajun_BY: Belarussian Government Boeing 737 (🇧🇾EW-001PA/#51002B) took off from 🇧🇾Minsk using an 🇮🇷Iranian callsign #N2703, switched to a false Saudi code #71002A which very much confusing tracking websites.
— Gerjon | חריון | غريون | ኼርዮን (@Gerjon_) March 26, 2023
Likely becoming part of an Iranian airline. https://t.co/cngySWJL1E pic.twitter.com/n7KtTiOifl
Esta aeronave pertence ao governo da Bielorrússia e é usada como meio de transporte presidencial para o líder bielorrusso Alexander Lukashenko, atualmente sujeito às sanções dos Estados Unidos. Dois dias antes deste voo, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA (OFAC) designou esta aeronave como propriedade bloqueada para negociações, de acordo com a EO-14038.
Ao chegar ao Irã, a aeronave pousou no aeroporto Mehrabad, em Teerã, que é usado para voos do governo. Tendo em conta que, no ado, muitas aeronaves que entraram na frota das companhias aéreas iranianas foram compradas por meio de companhias aéreas e empresas duvidosas, poderiam haver fortes indícios de que o EW-001PA seguiria o mesmo caminho.
O mistério, no entanto, aumentou, já que nos dias seguintes a aeronave foi vista novamente na Bielorrússia e depois fez um voo até Moscou no começo de abril. A visita ao Irã poderia soar normal, não fossem as trocas no código do transponder, que deram uma aura de mistério sobre quais seriam as intenções dos seus operadores.