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A Ucrânia realizou, na manhã deste domingo (01), o maior ataque com drones remotos de sua história, destruindo dezenas de bombardeiros da Força Aérea Russa em uma ofensiva inédita em território inimigo.
Batizada de Operação Teia de Aranha (Operation Spiderweb), a ação envolveu o transporte de dezenas de drones camuflados em caminhões e trailers puxados por vans. Esses veículos se posicionaram nas proximidades de bases aéreas russas, especialmente aquelas que abrigam bombardeiros estratégicos, abrindo o teto dos compartimentos para liberar os drones que saíram voando de maneira autônoma e lançar o ataque com mínima janela de reação para as forças russas.

De acordo com fontes da inteligência ucraniana, pelo menos 27 aeronaves Tupolev Tu-95M Bear, o maior bombardeiro turboélice em operação no mundo, foram destruídas. Outros modelos como Tu-22M Backfire e Tu-160 Blackjack também teriam sido danificados em bases localizadas nas regiões de Murmansk, Irkutsk, Ivanovo, Ryazan e Amur.
Os drones foram treinados com uso de inteligência artificial para saírem voando e detectarem os bombardeiros parados dentro dos pátios das bases aéreas, e se aproximarem dos pontos mais vulneráveis como junção das asas com a fuselagem, podendo assim lançar um ataque kamikaze em partes críticas do avião, que são difíceis ou impossíveis de serem reparadas.
O Ministério da Defesa da Rússia classificou a ofensiva como um “ataque terrorista”, alegando que os focos de incêndio já foram controlados e que não houve feridos ou mortos. No entanto, o governo invasor comandado pelo ditador Vladimir Putin não confirmou a extensão dos danos nem o número de aeronaves atingidas.
Vídeo gravado pelo primeiro drone ucraniano na primeira onda de ataque contra uma das bases russas atingida hoje. Podemos ver os bombardeiros perfeitamente alinhados na pista, indicando que os russos realmente não faziam ideia da iminência do ataque. pic.twitter.com/xt9O5iFtBa
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) June 1, 2025
Algumas dessas bases aéreas estão localizadas a até 4 mil quilômetros da fronteira com a Ucrânia, o que evidencia a complexidade logística da operação, supostamente conduzida por colaboradores ucranianos infiltrados em território russo. Relatos indicam que alguns dos caminhões utilizados explodiram durante a ação, mas não há confirmação de vítimas entre os operadores ucranianos.
“Everything is messed up…” pic.twitter.com/QlEXh1K5zW
— OSINTdefender (@sentdefender) June 1, 2025
O presidente Volodymyr Zelenskyy declarou que o planejamento da Operação Teia de Aranha teve início há 1 ano, 6 meses e 9 dias, exigindo um esforço de inteligência e coordenação sem precedentes. Estima-se que o prejuízo causado à aviação estratégica russa possa ultraar US$ 7 bilhões, com cerca de 34% da frota ativa de bombardeiros estratégicos da Rússia fora de operação.