
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) apresentou acusações contra a Flighttime Enterprises Inc., uma empresa localizada em Ohio, e três de seus funcionários, em um caso que envolve múltiplas transgressões relacionadas à violação das sanções americanas ao exportar peças de aeronaves para a Rússia.
A denúncia foi tornada pública em 13 de fevereiro de 2025, revelando um esquema que, segundo os investigadores, transgrediu as restrições impostas pelo governo dos EUA após fevereiro de 2022, em resposta à invasão da Rússia à Ucrânia.
A acusação, que consta de 11 contagens, afirma que a empresa, junto com os funcionários Daniela Friery, Pavil Iglin e Marat Aysin, “conscientemente e intencionalmente violaram e ignoraram as restrições de exportação impostas à Rússia, enviando peças de aviação para a Rússia e usuários finais russos”. Os registros indicam que as transações envolvidas alcançaram um valor total superior a 2 milhões de dólares.
As acusações incluem conspiração para violar o Export Control Reform Act (ECRA), diversas contagens de violação do mesmo ato, conspiração para contrabando, múltiplas contagens de contrabando e conspiração para lavagem de instrumentos monetários. Se os réus forem considerados culpados, a violação do ECRA pode acarretar penas de até 20 anos de prisão, enquanto outras acusações têm penas máximas menores.
Notavelmente, a denúncia não divulga os nomes das companhias aéreas que supostamente receberam as peças, levantando questões sobre a extensão do comércio irregular e o impacto na indústria de aviação.
O caso destaca a crescente vigilância das autoridades americanas em relação a transações comerciais com a Rússia, especialmente no setor de defesa e aviação, evidenciando o comprometimento do governo dos EUA em aplicar rigorosamente as sanções em vigor.