
Um segundo comissário de bordo judeu americano processou a Delta Air Lines, alegando discriminação antissemita e retaliação por parte da companhia baseada em Atlanta. Isso ocorre semanas após outro funcionário alegar discriminação quando a companhia serviu-lhe um sanduíche de presunto.
Segundo o PYOK, com base nos autos do processo, Roey Segev, da Flórida, apresentou uma queixa de 20 páginas, alegando que a Delta praticou um padrão de discriminação e retaliação contra funcionários judeus e israelenses com base em sua raça e ascendência.
Segev, que trabalha como comissário de bordo bilingue em hebraico e inglês desde março de 2019, afirma que sua satisfação no trabalho começou a diminuir em janeiro de 2023, após um incidente durante um voo de Tel Aviv a Nova York, onde um chefe de cabine teria demonstrado comportamento antissemita.
A reclamação também menciona que durante um voo Tel Aviv-Nova York, Segev e outro comissário judeu israelense foram deixados para lidar com um ageiro violento, sem que a Delta desviasse o voo para remover o ageiro, conforme os procedimentos padrão.
Além disso, Segev relatou um ambiente inseguro em um voo Las Vegas-Atlanta, onde a aeronave ficou parada na pista por mais de duas horas em calor extremo, obrigando membros da tripulação e ageiros a receber cuidados médicos.
Após essas reclamações, Segev se viu alvo de uma investigação interna sobre sua conduta, aludindo ao uso de celular pessoal e entretenimento a bordo. A situação se intensificou após o ataque do Hamas em outubro de 2023, quando Segev afirmou que alguns comissários expressaram publicamente apoio ao Hamas, sem consequências aparentes.
Em resposta, um porta-voz da Delta declarou que a companhia não tolera discriminação e está comprometida em manter um ambiente de trabalho justo. Outro caso, em setembro, envolveu Sasi Sheva, que acusou a Delta de negar-lhe tempo para comemorar o Yom Kippur e serví-lo com um sanduíche de presunto contra a sua vontade expressa.
Situações anteriores, como o caso de uma comissária usando um pin da bandeira palestina, levaram a Delta a ajustar suas políticas de uniformes e aparência. A Associação de Comissários de Bordo (AFA-CWA), que busca representar os comissários da Delta, criticou a companhia por ceder à pressão pública.