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Comissária de voo ganha direito de processar a empresa aérea após demissão por ter conta no OnlyFans

Um importante desdobramento ocorreu no caso de Alexa Wawrzenski, uma ex-comissária de bordo da United Airlines, que foi demitida por manter uma conta no OnlyFans em seu tempo livre. Um tribunal de apelações agora permitiu que Wawrzenski prosseguisse com seu processo contra a companhia, alegando retaliação.

De acordo com o PYOK, que ou os autos do processo, Wawrzenski se uniu à United Airlines em 2015, atuando como comissária na base de Los Angeles.

Desde o início, ela relatou que frequentemente era alvo de comentários sobre seu corpo, especialmente relacionados à forma como seu uniforme se ajustava a sua silhueta, que combina uma cintura pequena com quadris amplos.

Segundo suas alegações, em diversas ocasiões, seus supervisores ameaçaram disciplina-la devido à sua aparência no uniforme, a forçando a usar peças maiores, além de atrasar voos para avaliá-la pessoalmente em suas vestes.

A demissão de Wawrzenski em 2020 foi baseada em sua presença nas redes sociais, na qual compartilhava não apenas fotos em uniforme, mas também imagens dela usando um biquíni reduzido, tudo vinculado à sua conta do OnlyFans, onde promovia “conteúdo privado exclusivo” mediante pagamento.

Após sua demissão, ela tentou processar a United Airlines, argumentando que homens na mesma função, que postavam fotos em situações de pouca roupa, não enfrentavam o mesmo tipo de represália.

Na época, a companhia tinha uma política de redes sociais que proibia postagens que pudessem impactar negativamente a imagem “familiar” da marca. Além disso, uma política de “conflito de interesses” proibia funcionalidades que envolvessem trabalho que pudesse colocar os comissários em desacordo com o código de ética da empresa.

Em julho de 2020, Wawrzenski foi convocada para uma reunião onde ficou por mais de seis horas sendo questionada sobre suas atividades nas redes sociais, sendo criticada por postar fotos “explícitas” e “sugestivas”.

Apesar de ela ter se comprometido a remover as imagens de seu uniforme do Instagram, uma única foto que, segundo um representante sindicais, era “tão filtrada” que tornava difícil visualizar o uniforme, acabou se tornando o motivo de sua demissão.

Após sua dispensa, Wawrzenski moveu um processo alegando discriminação e retaliação, embora um tribunal de Los Angeles tenha inicialmente rejeitado suas reclamações.

Entretanto, em outubro, o Tribunal de Apelações de Califórnia reverteu parcialmente essa decisão, sustentando que havia indícios suficientes de que a United havia demitido Wawrzenski logo após suas queixas sobre a aplicação desigual das diretrizes de uniforme e redes sociais.

A United Airlines não fez comentários sobre o processo.

A história de Wawrzenski reflete uma realidade maior entre profissionais de várias áreas, onde muitos estão considerando maneiras alternativas de agregar renda, como contas em plataformas de conteúdo adulto, mas o fazem com cautela para evitar represálias.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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