
Quatro dias após um Airbus A220 da Swiss International Airlines realizar um pouso de emergência no Aeroporto de Graz, na Áustria, uma comissária de bordo permanece internada em estado grave, recebendo tratamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após respirar fumaça que invadiu o cockpit e a cabine de ageiros.
Em um breve comunicado, um porta-voz da companhia aérea suíça confirmou que dois dos três membros da tripulação de cabine seguem hospitalizados, sendo que um deles está na UTI.
A companhia declarou estar “profundamente preocupada” com a condição da tripulante e informou que mantém contato próximo com os médicos responsáveis pelo tratamento em Graz. Familiares do tripulante já foram transportados para a cidade para acompanhá-la, e a companhia está oferecendo e especializado aos parentes, informou o PYOK.
O voo LX-1885 da Swiss, que partiu de Bucareste com destino a Zurique às 17h30 do dia 23 de dezembro, fazia uma viagem de duas horas até a maior cidade da Suíça. No entanto, pouco mais de uma hora após a decolagem, os pilotos decidiram desviar para Graz devido à fumaça que começou a tomar a cabine.
Todos os 74 ageiros e os cinco tripulantes da aeronave de sete anos de idade foram evacuados na pista por meio de escorregadores de emergência. Dez ageiros necessitaram de atendimento médico, mas já receberam alta.
A Swiss informou que ainda está investigando a causa da fumaça na cabine de ageiros, mas as análises preliminares indicam um problema em um dos dois motores Pratt & Whitney que equipam o Airbus A220-300.
“Nossas equipes de especialistas estão trabalhando intensamente durante o período festivo para avaliar todos os fatos e achados disponíveis e estão em contato próximo com as autoridades,” explicou um porta-voz da companhia aérea.
“As descobertas iniciais apontam para um problema técnico em um dos motores. Investigações desse tipo são complexas, e a Swiss também depende de informações das autoridades investigativas e dos fabricantes,” continuou o comunicado.
Além de investigar o possível problema nos motores e os impactos da fumaça sobre os ageiros e a tripulação, os especialistas também estão avaliando o desempenho dos chamados “capuzes de fumaça” usados pelos tripulantes em situações de “fumaça, odor ou vapores” a bordo.
Esses capuzes, conhecidos tecnicamente como “equipamento de respiração protetora” (ou PBE, na sigla em inglês), funcionam de maneira semelhante aos equipamentos de respiração usados por bombeiros, fornecendo oxigênio fresco para a tripulação lidar com situações de fumaça ou vapores a bordo.
Os capuzes possuem pequenos geradores de oxigênio embutidos que oferecem um suprimento por até 15 minutos – tempo suficiente, espera-se, para identificar a origem da fumaça e combater o incêndio.
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