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CEO de empresa aérea apoia o desenvolvimento de uma aeronave maior pela Embraer 5h1e45

Divulgação – Embraer

O CEO da Cebu Pacific expressou entusiasmo com a Embraer e apoia o desenvolvimento de um avião narrowbody (de um corredor) pela fabricante brasileira, afirmando que sua introdução seria atraente e benéfica para a indústria de transporte aéreo, que atualmente demanda mais disponibilidade de aeronaves e competição entre fabricantes. 4n6ru

Por outro lado, a fabricante brasileira disse não ter planos de desenvolver uma aeronave maior do que seus jatos regionais.

“Algumas companhias aéreas estão considerando jatos menores porque, na verdade, é onde está a única disponibilidade—algumas precisam ajustar para modelos menores apenas para aproveitar essa disponibilidade,” disse Mike Szucs, CEO da Cebu Pacific, durante uma conversa com a Aviation Week em Singapura.

Szucs destacou que as operações da companhia já são complexas, não por escolha, mas devido à geografia, ao ambiente e à infraestrutura. Ele afirmou que não vê os jatos regionais como uma opção viável para a Cebu Pacific, preferindo trabalhar com o governo para acelerar a requalificação de aeroportos, principalmente aqueles com pistas atualmente curtas para aeronaves maiores.

Em relação à possibilidade de um avião narrowbody da Embraer, que estaria na mesma categoria do Airbus A320 e Boeing 737, Szucs considerou que haveria uma “oportunidade credível” para compradores, caso o modelo fosse introduzido na década de 2030.

No entanto, Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer, tem sido cauteloso em desestimular as especulações sobre o lançamento de um novo programa comercial maior no curto prazo, apesar do forte interesse da indústria.

A Cebu Pacific já havia demonstrado abertura para adicionar um novo tipo de aeronave ao iniciar uma recente campanha focada em modelos narrowbody, que culminou em um pedido de 70 Airbus A321neo.

Embora esse pedido inclua opções para conversão para a variante de maior alcance A321LR, a companhia não tem planos imediatos para exercê-las. O foco permanece na realização de voos na faixa de 4 horas, ando um mercado de aproximadamente 2 bilhões de pessoas que ainda é considerado amplamente inexplorado.

Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.