
NASSAU, Bahamas — Durante a 20ª edição do ALTA AGM & Airline Leaders Forum, realizada nesta semana em Nassau, nas Bahamas, o CEO da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, negou rumores de que a companhia estaria interessada em adquirir uma participação na estatal Aerolíneas Argentinas.
As especulações, divulgadas por veículos da imprensa argentina, apontavam que a Azul estaria entre as empresas candidatas a participar do processo de privatização da companhia aérea, conforme plano do governo de Javier Milei.
A Aerolíneas Argentinas, altamente deficitária e sob o controle estatal, está no centro das discussões sobre privatizações na Argentina. Como parte das estratégias econômicas do governo Milei, a empresa estaria sendo considerada para uma possível venda.
De acordo com reportagens locais, representantes do governo teriam citado conversas preliminares com empresas privadas, incluindo Azul e LATAM. Esta última inclusive acabou negando os boatos depois, e agora o CEO da Azul reforçou não tem planos de expandir operações na Argentina e que o foco da empresa permanece no mercado brasileiro.
O presidente argentino, Javier Milei, enviou recentemente ao Congresso um programa de privatizações que inclui cerca de 50 empresas estatais, embora o plano tenha enfrentado resistência política e restrições. “Enviamos um programa de privatizações que abrangia cerca de 50 empresas, mas o Congresso restringiu a aproximadamente 11, e algumas delas nem foram totalmente incluídas no que foi aprovado”, disse Milei.
A Aerolíneas Argentinas enfrenta dificuldades financeiras significativas e, sob a atual gestão, reduziu seu quadro de funcionários em cerca de 1.500 posições na tentativa de equilibrar as contas. No entanto, segundo Milei, a população ainda resiste à ideia de privatização da companhia. “No início de meu governo, apenas 10% da população apoiava a privatização da empresa”, afirmou o presidente, ressaltando o desafio de obter respaldo popular.
Milei mencionou que, caso a privatização não seja possível, considera como alternativa entregar a istração da Aerolíneas Argentinas aos próprios funcionários, embora reconheça que esta opção é vista com desconfiança pelos trabalhadores. Além disso, ele afirmou que há interesse de várias empresas no processo de privatização, com negociações preliminares já em andamento.
O governo está elaborando uma nova legislação para facilitar a privatização da Aerolíneas Argentinas, com Milei prometendo avanços no projeto. “Estamos enviando esta lei. Se isso não acontecer, bem, vamos dar aos funcionários”, declarou, reiterando seu compromisso com reformas nas estatais e a busca por eficiência no setor aéreo argentino.
O AEROIN e o parceiro Aviacionline estão presentes na ALTA AGM & Airline Leaders Forum, trazendo todos os detalhes aos leitores. Clique aqui para ler todas as notícias do evento.