O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) encerrou suas atividades iniciais no local do acidente envolvendo um avião de pequeno porte na manhã desta sexta-feira (7), na capital paulista. Agora, os técnicos prosseguem com as análises até encontrar a causa do acidente.
A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que a equipe de investigação liberou a Avenida Marquês de São Vicente, na zona oeste de São Paulo, onde a aeronave Beechcraft F90 King Air, matrícula PS-FEM, caiu logo após a decolagem do aeródromo do Campo de Marte, resultando na trágica morte do piloto e do proprietário do avião.
Conforme informações fornecidas pela FAB, a investigação do acidente continuará com a coleta de dados adicionais, após a finalização dos trabalhos iniciais que incluíram a análise dos destroços e a identificação dos elementos essenciais para o detalhamento do que ocorreu.
Importante salientar que o processo investigativo não tem um prazo definido para ser concluído. No entanto, assim como em todas as investigações de acidentes aéreos com aeronaves civis no Brasil, os resultados poderão ser acompanhados no portal da aeronáutica, através do SIPAER, onde o andamento e as conclusões das investigações são disponibilizados para consulta pública.
Aeronave bateu em árvore
Imagens capturadas por testemunhas indicam que a aeronave colidiu com uma árvore ou um cabo de energia antes de tocar o solo. Após a batida, a situação se agrava: a base do avião raspou no asfalto e, em seguida, explodiu em meio a uma densa nuvem de fumaça preta. A área rapidamente se saturou com o aroma forte de combustíveis e o pânico tomou conta de quem ava.
Nas proximidades, veículos estavam parados em um semáforo, o que trouxe à tona um potencial grave risco de tragédia em uma área urbana já movimentada. Até as 10h30, a segurança policial interditou trechos da Avenida Marquês de São Vicente para controlar a circulação de pedestres e veículos, visando facilitar as operações de perícia e minimizar riscos adicionais.
O incêndio consumiu quase totalmente a aeronave, deixando apenas uma fração da parte dianteira intacta. O ônibus que estava na rota e foi atingido na colisão também sofreu danos severos; a traseira e o interior do veículo, pertencente à Viação Santa Brígida e que operava a linha 8.500-10 entre Pirituba e Barra Funda, foram gravemente comprometidos pelas chamas e cobertos por fuligem.
