A Boeing despachou um importante executivo para ajudar a Rolls-Royce a superar os problemas do motor que deixaram em solo dezenas de 787 Dreamliners. Keith Leverkuhn está atuando como olhos e ouvidos da Boeing nas fábricas da RR em Cingapura e em Derby, na Inglaterra, onde o motor Trent 1000 é fabricado e reparado.
Leverkuhn, um engenheiro com experiência em propulsão, é mais conhecido por dirigir o programa 737 MAX da Boeing através do desenvolvimento de sua estreia comercial há um ano, meses antes do previsto. A designação especial de Leverkuhn para a Rolls-Royce sinaliza a importância que a Boeing está dando para conter o problema de seu jato – e acalmar os clientes das companhias aéreas à medida que a temporada de viagens de verão se aproxima.
Cerca de 34 Dreamliners estão fora de operação e aguardando conserto de motores, e o número corre o risco de subir nos próximos meses, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem identificadas porque os detalhes são privados.
“Estamos gerenciando nossos ativos, tanto na linha de produção quanto no e de campo, para tentar minimizar o impacto em nossos clientes de companhias aéreas globais”, disse o CEO da Boeing, Dennis Muilenburg. “Isso é muito importante para nós. Enquanto os novos motores que entram no sistema de produção não são afetados, os motores da frota instalada em todo o mundo precisam da nossa atenção.”
Não é incomum que os fabricantes aeroespaciais implantem equipes de engenheiros ou mecânicos para ajudar os fornecedores em dificuldades a solucionar problemas. Mas não é tão comum assim a decisão do diretor da Boeing, Kevin McAllister, de desviar um vice-presidente como Leverkuhn, de 57 anos, de sua tarefa de conduzir a versão atualizada do 737, a maior fonte de lucro da empresa.
Com informações da Bloomberg.