
A Boeing confirmou recentemente que possui 90 caças F-15EX Eagle II em vários estágios de montagem, o que representa uma aceleração tangível do programa e melhorias na cadeia de produção.
De acordo com um comunicado divulgado na quinta-feira, 15 de maio, a meta é atingir uma taxa de produção estável de duas aeronaves por mês até o final de 2026, impulsionada pela melhoria progressiva no desempenho da fábrica de St. Louis. Nos últimos meses, a fabricante conseguiu reduzir o retrabalho e a realocação de trabalho, otimizando o fluxo de produção e diminuindo gargalos.
“O desempenho da fábrica melhorou constantemente, com as taxas de retrabalho e trabalho alternado diminuindo mês a mês, aumentando a produtividade e estabilizando a linha de produção”, disse Tom Altamuro, diretor de fabricação e segurança do F-15 da Boeing.
Produção em série e entregas em andamento
A empresa já começou a entregar as primeiras unidades do segundo lote de produção para a Guarda Aérea Nacional, enquanto unidades dos lotes três e quatro estão em vários estágios de integração. As aeronaves F-15EX-12, -21 e -35 foram especificamente mencionadas como exemplos de progresso ao longo da linha de montagem, segundo reporta o Aviacionline, parceiro do AEROIN.
A Boeing observa que esse aumento na produção é resultado da implementação da estratégia “Cut the CoRRS”, uma abordagem de melhoria contínua que prioriza a qualidade desde o início. O programa inclui sessões diárias de revisão conhecidas como “Quality Power Hour”, nas quais as equipes abordam proativamente os problemas detectados na linha.
Um caça pesado com espaço para crescer
O F-15EX, uma evolução direta do F-15QA desenvolvido para o Catar, foi projetado para integrar o que há de mais moderno em aviônica, guerra eletrônica e software de arquitetura aberta, tudo em uma fuselagem comprovada com mais de 20.000 horas de vida útil projetada. Embora não seja um projeto furtivo, sua capacidade de carga útil e alcance o tornam um complemento estratégico para a frota de caças de quinta geração da USAF.
Os principais recursos incluem a capacidade de transportar até 12 mísseis ar-ar AMRAAM, bem como um design com potencial de crescimento para integrar armas hipersônicas e tecnologias futuras, permitindo sua adaptação a ambientes de ameaças dinâmicas.
A decisão dos EUA de manter um caça pesado não furtivo como o F-15EX em produção responde, em parte, às demandas por disponibilidade imediata, interoperabilidade com sistemas existentes e custos operacionais reduzidos em comparação com aeronaves mais complexas. Isso também reflete a intenção de dispersar recursos avançados em diversas plataformas, num contexto em que o e resiliência estão se tornando cada vez mais importantes diante de ameaças crescentes.
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