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Um Boeing 767 apresentou uma mesma pane em dois dias seguidos e na mesma rota, levanto seu piloto a declarar PAN PAN durante a aproximação para pouso na segunda incidência. Veja a seguir os detalhes.
Primeira ocorrência
O primeiro registro de pane com o Boeing 767-300 de matrícula OO-JNL, operado pela TUI Airlines Belgium, aconteceu no dia 25 de dezembro. O jato estava realizando o voo de número TB-1712 de Fuerteventura, uma ilha espanhola no litoral da África, para Bruxelas, na Bélgica, com 150 ageiros e 11 tripulantes.
Os pilotos estavam se aproximando de Bruxelas quando reportaram um problema técnico e desviaram a trajetória padrão, fazendo um percurso mais longo. Posteriormente, eles explicaram que tinham uma pane dos flaps, portanto, possivelmente ao ampliarem a trajetória estavam buscando ganhar tempo para analisar e resolver o problema.
Cerca de 15 minutos depois, a tripulação se posicionou para a aproximação da pista 25L e pousou com segurança às 22:32 do horário local em velocidade normal (um pouso sem abaixamento de flaps ou com abaixamento menor do que o ideal leva à necessidade de um pouso em maior velocidade do que a padrão). A aeronave voltou ao serviço cerca de 12 horas após o pouso, às 10:47 da manhã seguinte.
A segunda pane
Depois de partir de Bruxelas na manhã do dia 26, o Boeing 767 voou até a ilha Gran Canaria, também espanhola e vizinha de Fuerteventura, e depois partiu para novo pouso nesta última, tudo sem intercorrências.
Por fim, quando realizando o voo de número TB-1564, de volta de Fuerteventura para Bruxelas com 171 pessoas a bordo, a tripulação estava se aproximando da pista 19 de Bruxelas já tendo interceptado o sinal dos instrumentos de auxílio ao pouso (ILS), quando solicitou manter 3000 pés e continuar na direção da pista.
Logo depois, declarou PAN PAN relatando uma indicação de pane dos flaps. PAN PAN é o alerta de rádio para indicar que há um problema que exige atenção, mas sem risco iminente à aeronave, como seria no caso da declaração de MAYDAY.
A aeronave mais uma vez ampliou seu percurso nas proximidades do aeroporto por cerca de 20 minutos e então os pilotos a posicionaram para outra aproximação ILS para a pista 19, onde o 767-300 pousou com segurança em uma velocidade normal.
O jato ainda está no solo em Bruxelas até a publicação desta matéria, mais de dois dias após o pouso.
